sábado, 30 de novembro de 2013

KHRYSTAL CONTINUA EM DISPUTA NA REDE GLOBO

Khrystal conquista público e permanece na disputa de concurso da Rede Globo

Khrystal voltará ao palco "The Voice" em 12 de dezembroKhrystal voltará ao palco "The Voice" em 12 de dezembro
Interpretando a canção "A Carne", composição de Elza Soares, sucesso na voz de Seu Jorge, a potiguar Khrystal garantiu, na noite da última quinta-feira, 28, sua permanência no reality musical "The Voice Brasil", exibido pela Rede Globo de Televisão. Mais do que isso: a participante foi ovacionada durante a apresentação marcante e fez com que os quatro técnicos do programa (Daniel, Cláudia Leitte, Carlinhos Brown e Lulu Santos) assistissem à sua performance de pé.
Khrystal foi escolhida por Cláudia Leitte para disputar uma das vagas do time da cantora para a próxima fase do programa junto com os candidatos Guto Santana e Mayllsson. Após as três apresentações, através de votação popular, Khrystal e Guto permaneceram na competição, cabendo a técnica Cláudia Leitte decidir quem continuaria no programa. "Você é uma mulher de fibra, representa o Brasil, a mulher nordestina. Você sabe o que quer, o que tem a oferecer, estou contigo", decidiu a jurada. 
Antes da apresentação, Khrystal demonstrou garra e confiança, afirmando que iria para o palco "com a peixeira na mão para resolver a parada". E resolveu, cantando versos como "A carne mais barata do mercado é a carne negra, que vai de graça pro presídio e para debaixo de plástico, que vai de graça pro subemprego e pros hospitais psiquiátricos".
Nas redes sociais, o desempenho da potiguar surpreendeu e angariou elogios de personalidades como a escritora de novelas Glória Perez, que escreveu em seu Twitter: "Khrystal foi a melhor noite". O nome da cantora, inclusive, chegou a ficar entre os assuntos mais comentados do microblog. Algumas pessoas compararam o talento de Khrystal ao da vencedora da primeira edição do "The Voice", Ellen Oléria.
A próxima participação de Khrystal no reality está programada para 12 de dezembro, quando tem início a fase de Shows Ao Vivo. Essa não é a primeira vez que a potiguar exibe seu talento em rede nacional. Ela foi uma das atrações do programa especial de São João da Rede Globo, em junho de 2010, a chamado da própria emissora. Na primeira vez, em especial no programa Som Brasil, veiculado em 2008, indicada do cantor Renato Braz.

SOBRE A ARTISTA
Khrystal nasceu em Natal e aprendeu em casa a gostar de música. Aos 17 anos já cantava em bares da "Cidade do Sol". Em 2004, começou uma pesquisa para um possível trabalho que resultou em show chamado "O coco do Brasil". Desse show foram extraídas as seis faixas do seu primeiro trabalho demo, "Meia Dúzia ou Seis", de 2005, que virou show/laboratório para um possível disco de carreira.
Em 2007, Khrystal lançou seu primeiro CD chamado "Coisa de Preto" (o segundo disco, intitulado 'Dois Tempos' foi lançado em 2012), percorrendo em sua primeira turnê mais de cem cidades brasileiras incluindo Rio de Janeiro e São Paulo, e ainda recebendo prêmios e participando de programas de TV como "Viola, minha viola", com Inezita Barroso na TV Cultura, e "MPBambas", com Tárik de Souza. Em 2008, fez minitemporada de quatro shows na Europa.

Fonte: O Mossoroense
Postado por Dr. Lima

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

GERENTE DA AGENCIA DO INSS DE CRUZ FALOU SOBRE APOSENTADORIAS


Cruz. Quarta feira, 20, às 19h30m, o Gerente da Agencia do INSS do Município de Cruz Senhor Robinson Luiz de Oliveira Saldanha, proferiu importante palestra para os estudantes do Curso de Alfabetização de Adultos e convidados da Praia do Preá e comunidades vizinhas.
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Gerente do INSS de Cruz -CE Robinson


O Senhor Robinson explicou sobre o funcionamento e as exigências do INSSpara conceder aposentadorias e benefícios. Segundo ele, as principais causas dos benefícios e aposentadorias serem negados está na falta de documentos, não comprovação justificada dos benefícios requeridos e entrevistas com informações não compatíveis com a atividade que exercem, demonstrando total desconhecimento sobre a atividade em questionamento.
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Karol - Sec. Agricultura de Cruz
Muitas perguntas foram feitas sobre as dificuldades que os trabalhadores rurais encontram na hora de requererem as suas aposentadorias ou benefícios.
Quanto as reclamações feitas pelas pessoas que comparecem às agências do INSS para realização de entrevistas, principalmente mulheres, com as unhas e cabelos pintados, pele limpa, sem calos nas mãos e falando correto serem aparências de pessoas que não justificam como sendo de uma trabalhadora rural, Robinson disse que ninguém pode ser julgada pela aparência e que se isto estiver acontecendo deve ser denunciado a Ouvidoria do INSS e que a pessoa que tiver seu pedido de aposentadoria ou benefício negado deve comparecer a agência do INSS para colher informações sobre os motivos que resultou em indeferimento do benefício antes que seja entregue ao advogado.
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Estudantes e a Professora Maria Alice
Também, a plateia ouviu do Senhor Robinson Luiz explicações sobre os procedimentos que todo trabalhador rural deve adotar para que se organize, reúna a documentação necessária, ao longo de sua vida de trabalhador rural para que não enfrente dificuldades burocráticas na hora de requerer seus benefícios junto ao INSS. Muitos trabalhadores rurais somente passam a se preocupar com sua documentação e provas do exercício da atividade agrícola na hora da aposentadoria, e enfrentam dificuldades para reunir provas que são necessárias e exigidas pelo INSS.
Com a inauguração da Agencia do INSS, no município de Cruz, facilitou muito para as pessoas que procuram um benefício ou informações, pois, antes, os usuários tinham que se dirigir às agências de Itapipoca ou Sobral que são dois municípios situados a mais de 100 Km de Cruz.

Dr. Lima

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

HÁ UMA CULTURA DE ACEITAÇÃO DO TRABALHO INFANTIL

Em entrevista à Repórter Brasil, a procuradora Sueli Bessa fala sobre a realidade do trabalho de crianças e adolescentes no estado do Rio de Janeiro e cobra políticas públicas que ataquem o problema
Por Maurício Thuswohl, para a Repórter Brasil
da série especial Promenino*
Rio de Janeiro – Na Pesquisa Nacional de Amostragem por Domicílios (PNAD) realizada em 2012, o Rio de Janeiro aparece apenas no 26º lugar do ranking dos estados com maior incidência de trabalho infantil ilegal no Brasil. O bom desempenho fluminense dentro do contexto nacional, no entanto, não ilude os órgãos do poder público que atuam no setor, pois a realidade muitas vezes surge camuflada nas pesquisas, uma vez que estas não têm como levar em conta, por exemplo, o trabalho doméstico ao qual são submetidos crianças e adolescentes ou mesmo algumas das piores formas de trabalho infantil, como a prostituição ou o tráfico de drogas.
Segundo a PNAD 2012, existem 98.763 crianças de 5 a 17 anos ocupadas com trabalho ilegal no Rio de Janeiro, mas esse contingente seguramente é muito maior. Um indicativo da real dimensão do problema é o número de procedimentos sobre trabalho infantil que estão atualmente ativos na Procuradoria Regional do Trabalho da 1ª Região. Até outubro de 2013, eram 637 procedimentos que versavam sobre o trabalho de crianças e adolescentes, sendo 140 deles acompanhados com Termos de Ajustamento de Conduta (TAC) e 437 ainda com investigação em andamento. Além disso, existiam outras 33 ações propostas com essa temática.
Conhecedora da situação do Rio de Janeiro, a procuradora Sueli Bessa, do Ministério Público do Trabalho (MPT) e titular da Coordenadoria Nacional de Combate à Exploração do Trabalho de Crianças e Adolescentes na 1ª Região, fala, em entrevista à Repórter Brasil, sobre a realidade do trabalho infantil no estado. Primeira gerente nacional do projeto federal Políticas Públicas de Combate ao Trabalho Infantil, a procuradora analisa também a situação nacional e faz um balanço do cumprimento das metas de erradicação desse mal assumidas internacionalmente pelo governo brasileiro.
Em quais municípios do Rio de Janeiro o trabalho infantil acontece com mais frequência?
Nos municípios da Baixada Fluminense, como Belford Roxo, Duque de Caxias e Nova Iguaçu. Há também São Gonçalo, na região metropolitana. O próprio município do Rio de Janeiro tem um número expressivo de crianças e adolescentes em situação de trabalho ilegal, mas nesse caso temos de considerar o tamanho da população. No interior do estado, nós temos os municípios de Campos dos Goytacazes, Itaperuna e São João da Barra, que aparecem como os mais expressivos.
Em quais setores da economia fluminense o trabalho infantil é observado e com que incidência?
Em todas as áreas há trabalho infantil, não é privilégio de uma ou de outra. É bem pulverizado entre os setores. A gente recebe denúncias tanto do comércio quanto da indústria. Tem muito trabalho infantil na área rural, tem também na informalidade. A questão no Rio de Janeiro não é diferente do restante do país. É uma questão que, infelizmente, ainda está espraiada nos diversos setores. A incidência do trabalho infantil rural é maior no interior do estado, onde há, por exemplo, maior produção pecuária e agrícola. Há também a questão do trabalho infantil doméstico, que até hoje a gente não consegue quantificar porque acontece no interior dos lares e não há possibilidade de fiscalização por parte do poder público. Então, a gente tem de trabalhar muito com conscientização para que isso venha à tona. Não temos os dados concretos sobre trabalho infantil doméstico. E há ainda as piores formas, que são o tráfico de drogas e a exploração sexual para fins comerciais.
Quais as peculiaridades observadas no trabalho infantil em área rural? E em área urbana?
A informalidade em área urbana, geralmente, se dá sem qualquer empregador. São aquelas crianças nos sinais de trânsito e até no próprio tráfico de drogas. Na área rural, a gente tem um agravante, pois às vezes é a própria agricultura de subsistência que coloca essa criança ou esse adolescente lá para trabalhar no campo. Muitas vezes, é para contribuir com a renda da própria família. Uma peculiaridade da área rural brasileira. E isso se repete no Rio de Janeiro, é que o trabalho infantil acontece dentro da própria agricultura familiar, às vezes até mesmo na pecuária, com a criança acordando cedo para mexer com o gado etc. Muitas vezes, a própria família faz uso do trabalho infantil.
Existe algum tipo de acompanhamento feito às crianças que trabalham como catadores nos lixões em diversos pontos do Rio de Janeiro?
Temos atuado para que o poder público impeça o acesso de crianças e adolescentes a esses locais para catar lixo. É outro caso em que, na maioria das vezes, elas chegam trazidas por seus próprios familiares. Notadamente, agora que existe uma política nacional para a destinação de resíduos sólidos, esse problema tem sido atacado para que se retirem as crianças dessa condição, que também pode ser considerada uma das piores formas de trabalho infantil.

Créditos: João Roberto Ripper 

Quais as principais razões identificadas pelo MPT para a existência do trabalho infantil no Rio de Janeiro? Quais fatores contribuem para sua recorrência?
Os fatores que contribuem não são isolados também. Há uma gama de questões que a gente poderia citar. Por exemplo: há uma cultura de aceitação do trabalho infantil. Quem atua com essa temática logo verifica isso. Se for discutir o tema com a sociedade, você ouve recorrentemente se falar que ‘é melhor estar trabalhando do que na rua’. Então, se vê que há uma permissividade da sociedade em achar que aquilo é normal. Mas, veja bem, achar que é normal para o filho daquele que não tem condição social boa, porque todo mundo quer que o filho das classes média ou alta esteja se educando. Não é isso? Outro ponto são os inúmeros problemas sociais que o nosso país tem. É óbvio que se a família não consegue gerar renda por si só, isso vai contribuir para trazer a criança e o adolescente para o trabalho. Há uma distorção de valores, e às vezes se impõe à criança e ao adolescente o papel que seria do adulto, que é o de dar sustentação e dar condições de subsistência ao seio familiar.


Eu aponto também a insuficiência de políticas do poder público – ou mesmo ausência em alguns lugares – definidas para buscar a erradicação do trabalho infantil. Embora isso tenha melhorado um pouco, ainda se trata da questão de termos a criança fora da educação, fora da escola. E não basta simplesmente criar escola, mas ter uma política de manutenção dessa criança e desse adolescente na escola para que não ocorra a evasão. Será que a escola hoje está cumprindo esse papel? Essa é uma questão que precisa ser discutida. Na minha modesta opinião, construída ao longo de dez anos de atuação dentro do Ministério Público, o que vejo é isso.

Diante do quadro atual, quais políticas públicas são necessárias para solucionar o problema do trabalho infantil no Rio de Janeiro?
São necessárias políticas de geração de renda para a família. Não simplesmente uma política pública de assistencialismo, mas de qualificação dos pais, de qualificação adequada ao mercado de trabalho daquele lugar em que eles residem. É preciso oferecer aos pais um curso que possibilite obter um posto de trabalho naquela localidade. Então, tem de ser uma política de geração de renda adequada para cada município. Outro ponto seria a adoção de escolas de educação integral. Algumas poucas escolas começam a caminhar nessa trilha, mas ainda não há uma política generalizada de educação integral. Que o poder público adote políticas de profissionalização para o adolescente pela via regular através da qual ele poderia ingressar no mercado de trabalho a partir dos 14 anos, que é por meio da aprendizagem. Com a aprendizagem, ele vai gerar renda para a família, e você vai incluir o adolescente dentro de um trabalho regular e tendo acesso a todos os direitos garantidos, porque é um contrato de trabalho especial. Teremos o ganho de ele ser futuramente um cidadão qualificado e a empresa tem o ganho de contar com um trabalhador qualificado.
Quando falamos da aprendizagem, não falamos de um instituto qualquer, falamos de um instituto multifacetário que vai contribuir realmente para a erradicação do trabalho infantil. É preciso também que os municípios instituam programas sociais que realmente retirem essa criança e esse adolescente dessa situação. O que a gente verifica com nossa experiência é que são raros aqueles municípios que fazem um diagnóstico do trabalho infantil. O poder público tem de assumir esse compromisso de verificar se existe realmente trabalho infantil e identificar os casos para, depois, fazer a inclusão desses adolescentes em programas sociais para retirá-los dessa condição.
E o que mais?
Poderíamos citar algumas outras políticas públicas: entre outras, acolhimento às vítimas de exploração sexual e atendimento ao adolescente que caiu no problema da drogadição, que é um problema epidêmico em nosso país hoje. Não existe uma política para tentar retirar esse adolescente e buscar um outro caminho, um tratamento sério. Tem tanta coisa que poderia ser feita, e a gente vê que o poder público ou se omite ou às vezes não implementa políticas suficientes que possam tratar o problema de uma forma globalizada, articulada e intersetorial. Além da identificação e da inclusão, o próprio poder público pode implementar programas de profissionalização ou então articular para que os programas aconteçam naquela localidade. Às vezes, em um município tal, tem muitas empresas e nenhum curso de aprendizagem. Então, o poder público, cumprindo seu dever de cuidar da profissionalização, pode articular com instituições que façam a aprendizagem para que esta aconteça naquela localidade, para dar oportunidade para aqueles adolescentes serem incluídos no mercado de trabalho de forma regular. É muita coisa que se pode fazer, mas que não se faz ou que se faz de forma incipiente e que não atende à demanda daquela localidade. Outra política que compete ao poder público é estruturar os órgãos de atendimento à criança e ao adolescente de forma adequada, como o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Crea), o Centro de Referência de Assistência Social (Cras) e o Conselho Tutelar. Hoje, nós temos locais que atuam ainda de forma muito precária. É preciso atuar na capacitação desses conselhos porque são eles que estão na linha de frente.

Créditos: Renato Araújo/ABr 

A parceria do MPT com ministérios e outros órgãos do Poder Executivo funciona no Rio de Janeiro? Apenas o trabalho cotidiano de fiscalização realizado pelo MPT ou por auditores do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) é suficiente para erradicar o trabalho infantil?
Não se combate nem erradica o trabalho infantil com uma instituição de forma isolada. Esse trabalho envolve uma articulação não só com o Ministério do Trabalho e Emprego, que é quem tem a função de fiscalizar, mas também com outros órgãos e instituições que têm de primar por essa erradicação. No estado do Rio de Janeiro, por exemplo, temos buscado uma articulação com o Ministério Público Estadual (MPE), que tem um trabalho muito importante nisso, com o MTE, com os conselhos tutelares, com os conselhos municipais de direitos das crianças e adolescentes, com a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal porque, principalmente na questão da exploração sexual para fins comerciais, é fundamental que ocorra essa articulação que, aliás, está ocorrendo neste momento em busca de uma forma de atuação conjunta. A fiscalização em si e o MPT sozinho não são suficientes para contribuir para a erradicação do trabalho infantil. Nós teríamos de fazer um trabalho de articulação, inclusive nos fóruns estaduais, discutindo essa temática com a sociedade. Nós, que acabamos de participar da III Conferência Global sobre Trabalho Infantil, sabemos que não há outro caminho que não seja a articulação e a atuação intersetorial. Temos de trabalhar com a educação, com a saúde. Nós do Ministério Púbico temos buscado também, por exemplo, uma aproximação com o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS).
Fale um pouco, por favor, sobre os resultados do projeto “Políticas Públicas de Combate ao Trabalho Infantil” no Rio de Janeiro.
Na verdade, nós temos três projetos relativos à infância que estarão sendo implementados no estado, em princípio até 2015. Temos esse que você citou, de implementação de políticas públicas. Esse projeto é voltado ao poder público, a gente atua em face dos municípios para que eles façam acontecer as políticas públicas. Este ano, aqui mesmo na Procuradoria Regional do Trabalho de Campos dos Goytacazes, onde atuo, instauramos procedimentos nos municípios que apresentam os maiores índices de trabalho infantil, que são Campos, Itaperuna e São João da Barra. A ideia é que em 2014 no Rio de Janeiro, assim como nos outros estados, a gente busque crescer o projeto para pelo menos dois municípios em cada unidade do MPT no país. Temos também o projeto MPT na Escola, pelo qual a gente busca discutir o tema do trabalho infantil com alunos das séries do ensino fundamental em todas as escolas municipais. Isso é fundamental para que se possa levar essa discussão para a sociedade. Chegando à escola, vai chegar às famílias, é isso o que a gente quer. A greve dos professores impediu que implementássemos o MPT na Escola de uma forma generalizada no município Rio de Janeiro, mas a Secretaria Municipal de Educação ficou de nos dar um retorno para ver se implementa o projeto no início do ano que vem. Não nos deu ainda a palavra final, mas não tem por que não implementar.
E tem ainda o Projeto de Aprendizagem, pelo qual a gente busca a inclusão dos adolescentes no mercado de trabalho por meio da aprendizagem, pois a gente pode cobrar o cumprimento da cota de aprendizagem. A gente cobra isso, fazendo que o poder público municipal implemente a aprendizagem no município e também articulando para que as empresas daquela localidade tenham condições de cumprir a cota. Nós estamos buscando a implementação cada vez mais incisiva dos projetos aqui no estado. Estamos com um trabalho muito interessante de articulação com a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal e o MPE. Nós já realizamos dois encontros e conseguimos pontuar os focos de exploração sexual. Vamos pensar em algumas estratégias conjuntas agora, já para esse ano e principalmente antes desse grande evento que será a Copa do Mundo, para poder atuar. Será um projeto interinstitucional: quatro instituições no mínimo participarão dessas ações. Além disso, o MPE está organizando um material voltado à capacitação da Polícia Militar e da Guarda Municipal do Rio de Janeiro nesse tema da exploração sexual. Esses setores, que também atuam lá na ponta, precisam saber para onde direcionar os casos quando acontecem. Haverá não só um material destinado a esse público, como uma capacitação feita pelo MPT e pelo MPE. O MPT elaborou um material voltado ao Conselho Tutelar para poder capacitar os conselheiros, porque essa capacitação tem de ser permanente. Esse material aborda todas as temáticas relativas ao trabalho infantil.
A realidade do trabalho infantil hoje no Rio de Janeiro e no Brasil pode ser finalmente medida em números?
A gente percebe que no início, em 2009 ou 2010, quando o Brasil começou a assumir o compromisso de erradicar o trabalho infantil, esses números caíam de uma forma mais célere. O que a gente observa de 2011 para cá é que essa redução vem sendo feita de forma mais lenta. Em 2011, eram no Brasil todo 3.673.898 crianças de 5 a 17 anos em situação de trabalho irregular. Em 2012, esse número passa para 3.517.540. Caiu o número? Caiu, mas a redução tem sido mais lenta. A gente vai ter de ver o que vai fazer para tentar dar uma acelerada nisso, porque o compromisso do Brasil é que até 2016 estejam erradicadas as piores formas de trabalho infantil. A gente vai ter de continuar discutindo de forma articulada para ver o que se pode fazer para que essa redução ocorra de uma forma mais significativa. Acho que até 2016 vai ficar difícil pra gente cumprir esse compromisso, mas vamos fazer tudo o que for possível para poder pelo menos minimizar isso. A PNAD 2012 aponta o Rio de Janeiro no 26º lugar do ranking. Em 2011, era o 24º colocado. Quer dizer: se você olhar pelos dados da PNAD, melhorou um pouco. Mas a gente não pode esquecer que isso é uma pesquisa por amostragem. No Estado do Rio de Janeiro, de acordo com a PNAD 2012, existem 98.763 crianças de 5 a 17 anos ocupadas com trabalho. É um número expressivo, mas nele não está incluído o trabalho infantil doméstico, que a gente não pode computar. E o quantitativo de vítimas de exploração sexual para fins comerciais, que a gente também não tem como computar? E os que atuam como os ditos ‘aviõezinhos’ no comércio de drogas? Esses números são interessantes para algum parâmetro, mas, em nossa opinião, eles não expressam a realidade porque existem questões que ainda não temos como quantificar. A realidade não pode ser medida por números. Nós os tomamos apenas como indicadores, mas, por isso tudo que citei, não temos como quantificar de fato quantas crianças estão em situação de trabalho. 

Postado  por: Dr. Lima

domingo, 10 de novembro de 2013

Seu Galdino e a onça vermelha

Por: José Mendes Pereira
dariopintocarvalho.blogspot.com 

Enquanto lá na cozinha dona Dionísia preparava o café da manhã seu Galdino permanecia no curral, mungindo as suas famosas e invejadas vacas; e assim que arreou o segundo bezerro para deleitar a mãe, levantando a vista em direção à estrada, viu seu Leodoro Gusmão que vinha se aproximando do curral, montado numa égua em dias de parir. E ao vê-lo,não pensou duas vezes, e de imediato chamou logo a sua atenção, dizendo-lhe que ele não tinha dó daquela pobre égua em dias de parir. 

Seu Leodoro que havia trabalho em diversas fazendas de grande porte, disse-lhe que era bom para facilitar no momento do parto. Com isso, convenceu seu Galdino, já que ele tinha trabalhado em diversas fazendas, com certeza sabia muito mais do que ele.

www.itapetinganamidia.com

Enquanto eles conversavam, alguém vinha se aproximando do curral. Era o vaqueiro do fazendeiro Luiz Duarte, que procurava uma vaca embicheirada. E ao descer do cavalo, sendo ele um dos que mais proseava com seu Galdino, devido as suas mentiras, desafiou-o, dizendo que o daria 50,00 reais para ele  inventar uma mentira naquele momento.

Seu Galdino arrebatou dizendo-lhe que havia recebido uma proposta para inventar uma mentira por 100,00 reais, e não a aceitou. Se ele arriscasse contar uma mentira por 50,00 reais, já estava no prejuízo, perdendo 50,00 dos 100,00 que o sujeito havia lhe oferecido. Mas na verdade, já era uma verdadeira mentira, porque ninguém paga para ouvir mentiras.

A conversa entre os três durou até a  chegada da dona Dionísia, esposa do seu Galdino, que veio se aproximando do curral, e em suas mãos, xícaras, mais um bule de café.
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Ali, entre prosas, beberam o café, fumaram, e em seguida o vaqueiro disse-lhes que iria embora, porque precisava campear uma vaca parida nos tabuleiros, lá  pelas redondezas do rio Angicos. E despedindo-se, montou-se em seu animal e foi-se embora. 

Seu Galdino estava ansioso para que o vaqueiro fosse logo embora, pois precisava expor uma das suas maiores mentiras ao seu Leodoro, que mesmo sabendo que o seu compadre Galdino mentia muito, ele apreciava ouvir as suas lorotas.

Seu Galdino, segundo ele,  havia feito uma viagem em Bananeiras, no Estado da Paraíba, em uma fazenda para comprar um bom reprodutor de ovelhas. Ao chegar, o sol já havia se levantado bem esperto, porque havia acordado coberto por um enorme lençol de nuvens encarneiradas.

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Ao chegar à fazenda, assustou-se com uma onça que estava deitada ao pé da porteira. Com medo de ser atacado por ela, alarmou desesperadamente em direção à casa do vaqueiro, que trouxesse armas para matar uma onça vermelha,  que ali estava deitada na entrada do portão. 

Seu Leodoro o ouvia em silêncio, sem dizer uma palavra, mas de olhos arregalados em direção ao seu Galdino, como se não estivesse acreditando no que contava o seu compadre.

E continuou seu Galdino, que lá de dentro da casa alguém  da fazenda respondeu, dizendo-lhe  que não se preocupasse com  a onça, ela  era mansa, e havia chegado ali há alguns meses, ficou morando, e já era um animal de estimação por todos dali, como se fosse o cachorro daquela fazenda.

Seu Leodoro só fazia ouvir, nenhum gesto, nenhuma palavra, apenas no seu eu, duvidava daquela conversa do seu Galdino. Ele já tinha ouvido muitas de suas conversas, até então, umas quase verdades, outras cabeludas, mas aquela da onça vermelha estava lhe deixando assustado. Não pela a onça, pela mentira do seu compadre.

Seu Galdino afirmava ainda que a bicha era do tamanho de um bezerro de um ano, e que ela passeava e brincava na fazenda, corria no meio dos rebanhos de ovelhas, bodes, e quando estava deitada, as galinhas ficavam sobre ela, procurando parasitas no seu corpo.

Ao entardecer, ele e o vaqueiro foram até ao cercado, olhar o rebanho de ovelhas, no intuito de seu Galdino escolher o melhor dos carneiros reprodutores para comprá-lo.

O vaqueiro da fazenda preparou um cavalo lustroso, gordo, selando-o. Em seguida, selou a onça, com todos os equipamentos  que se usa em cavalos. 

Ao terminar, ordenou que ele se montasse na onça, aconselhando que ela não lhe faria nenhum mal. Lutou muito para não aceitar esta ordem, mas findou se rendendo, e sem muito esforço, subiu na onça. 

A onça mesmo não o conhecendo, saiu de chote em direção ao cercado, e vez por outra ela dava uns pulos mais distantes, como se quisesse chegar primeiro do que o cavalo, que caminhava sobre o comando do vaqueiro.

Dizia ele que havia gostado bastante desta experiência, que antes não tivera, de andar montado em um animal tão grande e conhecido como feroz, valente, malvado e traiçoeiro. Mas estava certo que, o que dizem da sua valentia, não precede. Ela é domável e amiga. 

Nesse mesmo dia, antes de passear montado sobre o seu lombo, enquanto ela descansava em  um galho, seu Galdino disse que ficou alisando o seu pelo sem nenhum receio. E ela até havia dado umas lambidas em seu rosto e em uma das mãos.


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Seu Leodoro Gusmão estava como se estivesse hipnotizado. Nenhuma palavra saía da sua boca, para confirmar ou contrariar um pouco o seu Galdino. 

E de repente resolveu ir embora, precisava fazer campo, campear alguns dos seus animais, pois havia recebido informações de alguns vaqueiros, que uma de suas novilhas estava embicheirada. Mas antes de partir, saiu com uma engraçada. 

- Eu acredito plenamente no que o senhor me afirmou, compadre Galdino, porque a última vez que a Gertrudes, minha esposa, foi visitar os seus familiares lá nas Minhas Gerais, fez um passeio nas águas de uma lagoa, sobre o lombo de uma cobra sucuri, com mais de 20 metros de comprimentos, e da espessura de um tonel. 



Ela ainda me adiantou que - continuava seu Leodoro - a sucuri já era treinada para este fim, servindo de prancha para os turistas que ali apareciam e queriam surfar sobre as águas da lagoa. O que ela me contou  eu fiquei de boca aberta, compadre! O início do passeio foi na beira da lagoa, a sucuri deu partida, isto com a Gertrudes em cima dela, em pé, de braços abertos, como se fosse uma sufista, e saiu rodeando a lagoa, isto com toda velocidade. E quando chegaram ao lugar de onde haviam saído, a sucuri deu um freio tão grande, mas tão grande que a jogou longe da lagoa, saindo feito uma roda, passando sobre pedras, matos rasteiros, rodando sobre o solo, embolada como se fosse um tatu bola. E quando ela caiu na real, isto é que há tempo que tinha saído de cima do lombo da sucuri, já estava no terreiro dos seus familiares, porque havia esbarrado em um rio que passava em frente a casa da família. E ao cair nele, a água corrente a levou até lá".

www.acaatinga.org.br

- Minha nossa Senhora! Que coisa, hein! - fez seu Galdino.

Já satisfeito com o troco que havia dado ao seu Galdino, sobre a sua história, seu Leodoro disse:

- Eu já estou indo, compadre Galdino. Eu preciso ir ao campo. 

Despedindo-se, montou-se na égua e foi-se embora.

- Mas que compadrinho mentiroso! Que sucuri que nada! Nesses dias ela irá surfar em outra cobra, mas desta vez surfará é na minha anaconda. -Dizia seu Galdino balançando a cabeça e se desmanchando em risos, pela grande mentira que o Leodoro soltara naquele momento.

Minhas Simples Histórias

Se você não gostou da minha historinha não diga a ninguém, deixe-me pegar outro.

Fonte:
http://minhasimpleshistorias.blogspot.com

Autor:
José Mendes Pereira

http://sednemmendes.blogspot.com
http://mendespereira.blogspot.com
 http:/blogdodrlima.blogspot.com

O decepador de cabeça humana

Por: José Mendes Pereira
José Mendes Pereira

Chegou à cidadezinha  montado num velho e desnutrido jumentinho. E logo os curiosos rodearam o homem de barba grande, com botas alongadas, chapéu  de palha, e uma enorme sacola sobre a pequena sela de montaria. Todos estavam ali rindo do infeliz mendigo, que ao ver tanta humilhação contra si, saiu em busca de um bar, e lá, pediu, por favor, uma urgente e  caprichada pinga. 

O dono do boteco nem sabia a quem estava atendendo. Mas resolveu colocar no copo uma caprichada pinga. Os curiosos acompanharam-no até a venda.  O mendigo bebeu a primeira, e em seguida, pediu bis.

O dono do bar fez gesto de que não estava gostando, imaginando que iria dançar na hora em que fosse cobrado o acerto de contas. E assim que o mendigo ingeriu a segunda dose, de imediato, pediu a terceira.

O sangue nas veias do velho comerciante esquentou de vez. E foi obrigado a  dizer ao mendigo que só colocaria a terceira dose, se ele pagasse logo as duas primeiras.

Os curiosos estavam todos em risos, e até um deles ameaçou o barba grande, dizendo que se ele não pagasse as doses de cachaça ao comerciante, não iria sair dali com vida. 

www.youtube.com

O mendigo concordou pagar logo as duas chamadas. Foi até ao seu jumentinho, retirou uma enorme sacola que estava sobre ele, e era nela que ele guardava o seu dinheiro. Em seguida retornou para fazer o pagamento das chamadas ao comerciante. E pôs-se a procurar o dinheiro no meio de tantas bugigangas. Enfiou a mão na sacola e ficou tirando algumas peças. Em seguida, retirou uma cabeça  humana cheia de sangue, colocando-a em cima do balcão.

  
Cabeça do capitão Lampião morto no dia 28 de Julho de 1938 - no Estado de Sergipe

O comerciante ao ver a cabeça coberta com sangue e com os olhos fechados, admirou-se, dizendo em tom de susto e tremendo:

- Meu Deus!!! Que coisa triste, hein!!!

- Eu faço este trabalho muito bem e com perfeição. - Dizia o mendigo. - E adoro fazê-lo. Durante a semana são duas, três, até mais cabeças. Mas melhor do que eu, quem o faz, é um passeiro meu, o "Negrão das Cavernas". Ele desceu aqui em busca do mercado central, e me disse que iria procurar vítimas, para ver se negocia umas duas ou três cabeças.

O comerciante de tanto tremer, não resistiu mais em pé, saiu desmaiando por cima de uma porção de mercadorias que estava sobre o chão. Os curiosos desapareceram em disparada carreira, e aos gritos, pelas ruas, pedindo clemência. A partir daí, a fama do homem barbado e do "Negrão das Cavernas" aumentou no lugarejo. 

Um velho que no momento entrou no bar, ao ver aquela terrível cena, isto é, a cabeça de um corpo humano sobre o balcão, ajoelhou-se diante do mendigo, pedindo-lhe que pelo o amor de Deus não o matasse. E o mendigo ficou sem saber o porquê daquela imploração do velho, pedindo-lhe  que não o matasse.

Os moradores da cidade, ao tomarem conhecimento do perigoso mendigo e do "Negrão das Cavernas", que haviam entrado na comunidade, entraram em choque, procurando por todos os lugares os seus filhos e parentes, temendo que eles fossem degolados pelos facínoras.  

Logo que as mulheres ficaram sabendo da presença de dois delinquentes na cidade, corriam pelas as avenidas do lugarejo, em lastimosos choros, procurando por todas as entradas os seus filhos pequenos.


O prefeito quando recebeu a informação que na cidade tinha entrado dois perigosos marginais, recolheu-se à prefeitura, ligando para tudo que era de autoridade, que cuidasse de prender com urgência os assassinos. 

Além do contingente da cidade o prefeito solicitou dos administradores das cidades vizinhas, que liberassem os seus policiais para tentarem prender os dois bandidos 

- Os homens são perigosíssimos, amigos! - Dizia ele pelo telefone aos prefeitos das cidade adjacentes. Andam com cabeças humanas degoladas dentro das suas sacolas! Uns homens desse tipo estão com o capeta nas costas, e poderão bagunçar a minha cidade e depois invadirem as suas. Com a ajuda de vocês, prenderemos estes delinquentes" 

O dono do açougue (o Ludugero), ao ser informado da entrada destes criminosos no lugarejo, foi curto e grosso. "-A culpa é do prefeito que não põe mais policiais nas ruas.  Ele só pensa em si. Aos domingos, se manda com a família para as praias, como se fosse o governador do Estado".

A cidade já imaginava a quantidade de defuntos que iria ficar estirada nas ruas, depois que o mendigo e o "Negrão das Cavernas" saíssem do lugar.



Os coveiros do cemitério já haviam recebido ordens para cavarem covas em quantidade. Os dois homens eram perigosíssimos, e com certeza, muitos moradores iriam perder as suas vidas sobre as miras das suas armas, ou nas pontas dos seus afiados facões. 

Chegaram praças de todos os lugares. E obedecendo a exigência do prefeito, de imediato, morrendo de medo, os policias ocuparam os fundos e a frente do bar.  E aos poucos, com muito cuidado, vendo a hora surgirem balas disparadas pelo barba grande, que naquele momento, ali, só se encontra ele, todos foram fechando o cerco, e ao se aproximarem do infeliz, deram ordens de prisão. Assim que o algemaram,  acusaram-no de decepador de cabeça humana.

O mendigo tentava explicar quem ele era, mas a polícia não quis conversa, obrigando-o colocar a cabeça dentro da sacola, e que ele iria ser conduzido até a delegacia, para as devidas explicações ao delegado.


Ao entrar na delegacia, de imediato ele recebeu um pescoção, aplicado pelo delegado. E um tenente que nem estava de serviços, não demorou muito para bofeteá-lo diante do delegado.

Exigido a comprovação do crime, o mendigo retirou a cabeça humana de dentro da sacola. O delegado ficou rodeando-a, e observou que ela nem sangrava, apenas ainda permanecia como se tivesse sido decepada recentemente. E como inteligente e um pouco de psicologia, o delegado percebeu que não tinha nada a ver com cabeça humana.

Os dois homens não eram mendigos e nem marginais.  Devido viveram andando pelas ruas, as roupas eram como de mendigos. Eram apenas  dois escultores em madeiras, que faziam as suas peças e saíam à procura de compradores. Ambos eram grandes talhadores com muita perfeição e enganava qualquer especialista. Até a pintura, tinha aparência de sangue vivo.

"Antes de julgarmos uma pessoa devemos esmiuçar a sua vida com cautela, para que ela não venha ser castigada injustamente  e  moralmente ofendida".


Minhas Simples Histórias

Se você não gostou da minha historinha não diga a ninguém, deixe-me pegar outro.

Fonte:
http://minhasimpleshistorias.blogspot.com

Autor:
José Mendes Pereira

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sábado, 9 de novembro de 2013

ACARAÚ-CE SEDIA O V FESTIVAL INTERNACIONAL DE CAMARÃO DA COSTA NEGRA

 

 
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Coordenador da Comissão Técnica Dr. Antonio Bezerra- Prefeito de Cruz-CE Adauto

Cruz. O Coordenador da Comissão Técnica Científica Professor e Engenheiro Agrônomo Antônio Bezerra Peixoto esteve nesta quarta feira, 6, proferindo uma palestra no Auditório Municipal de Cruz sobre o  V Festival Internacional do Camarão da Costa Negra  que acontecerá em Acaraú entre os dias 14, e 16 próximos, juntamente com o V Encontro do Arranjo Produtivo Local da Carcinicultura do Litoral Oeste e o I Seminário Internacional de Indicação Geográfica da
 Costa Negra.
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Participantes da reunião em Cruz
Participaram da palestra: Secretários Municipais, lideranças comunitárias, Presidente do SINTRAF, Presidente da Federação das Associações Comunitárias do Município de Cruz, Presidente do SINSEPCRUZ e o Prefeito Adauto Mendes. 
Segundo o Professor Antônio Peixoto, com a Indicação Geográfica e o Selo de Qualidade o camarão vai para o mercado internacional com 40% acima do preço de um produto comum.
Para o Presidente da Associação dos Carcinicultortes da Costa Negra – ACCN – Livino Sales o festival ajuda a projetar a região e o trabalho que está sendo feito para conseguir o selo de qualidade esperado para o próximo ano.
De acordo com o professor Antônio Peixoto a atividade de criação de camarão não causa danos ao meio ambiente, como muita gente pensa, pois, cientificamente, está comprovado que os manguezais se desenvolveram melhor onde há criação de camarão e que há um cuidado muito grande com a questão ambiental. 
O Camarão Orgânico da Costa Negra é o melhor e mais caro do mundo
Estão sendo esperados para o evento, estudantes, PHDs e Mestres da carcinicultura. Também estarão presentes representantes das Universidades UFC, UVA, UECE e do Instituto Federal que compõem a Comissão Técnica Científica.
Estudantes, carcinicultores, agentes de turismo e a sociedade civil estão sendo convidados para participarem deste evento que também contará com a apresentação de shows e presença de vários artistas, dentre eles a cantora Elba Ramalho.
A abertura será dia 14, à noite, e o encerramento acontecerá sábado, pela manhã, com palestras e mesa redonda. 
O turismo será o setor mais beneficiado com este evento, pois, está prevista a chegada de mais de 800 pessoas que irão participar do evento e conhecer a gastronomia local bem como os principais atrativos turísticos dos municípios de Itarema, Acaraú, Cruz e Jijoca de Jericoacoara que compõem a Costa Negra. 
O camarão Orgânico da Costa Negra no Litoral Oeste do Ceará é produzido por 32 fazendas que abrangem uma área de 1.239 ha.


Dr. Lima