quarta-feira, 29 de maio de 2013

EDITAL



FEDERAÇÃO DAS ASSOCIAÇÕES COMUNITÁRIAS DO MUNICÍPIO DE CRUZ - CE
COMISSÃO PARA CONSTITUIÇÃO DA ASSOCIAÇÃO DE LAGOA DO MATO

EDITAL DE CONVOCAÇÃO
ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINARIA
          Ficam convocados todos os moradores da Comunidade de Lagoa do Mato, Zona rural do Municipio de Cruz, Estado do Ceará, e demais interessados, nos termos do Art. 53 caput, da Lei nº 10.406 de 10 de janeiro de 2002, (Código Civil Brasileiro), para a realização da Assembleia Geral Extraordinária de Constituição da Associação, Aprovação do Estatuto, Eleição da Primeira Diretoria e Conselho Fiscal, a realizar-se no dia 22/06/2013 (vinte e dois de junho de dois mil e treze), às 16h00min (dezesseis horas) no prédio em frente à residência do Senhor José Ederno  de Paiva.
          O presente Edital de Convocação está sendo publicado através da Internet, rádios, repartições públicas e enviado copias para escolas e associações do Município de Cruz.

Lagoa do Mato, CRUZ - CE, 26 de maio de 2013.

Antonio dos Santos de Oliveira Lima                      Everardo José de Paiva
            Presidente da Federação
                                                                                       Antonio Ferreira de Paiva

                                                                                   Agriberto Genesio da Costa
                                                                                   -  Comissão Organizadora -


sábado, 25 de maio de 2013

25 DE MAIO - UM ANO SEM ANATÁLIA CRISTINA QUEIROGA PEREIRA

Por: José Mendes Pereira

Antes de ler o que segue clique no link abaixo.

http://blogdomendesemendes.blogspot.com.br/2012/05/direito-que-anathalia-cristina-queiroga.html

CONVITE


Anathália Cristina Queiroga Pereira nasceu no dia 31 de Março de 1990, na cidade de Pau dos Ferros – região Alto Oeste Potiguar, conhecida como “Tromba do Elefante”, a 180 km da capital do Oeste Potiguar, Mossoró, no Estado do Rio Grande do Norte.

 Júlio e Anatália

Filha de Júlio Batista Pereira natural de Assu, no Estado do Rio Grande do Norte, e Edilza Custódio de Queiroga, natural de São Francisco do Oeste, cidade adjacente a Pau dos Ferros.

Edilza e Anatália

Desde que se casaram seus pais são empresários no ramo gráfico, e residem em Pau dos Ferros desde os anos oitenta.
  
 "..., ...,  Anatália e Jeferson  Queiroga - Engenheiro"

Anathália Cristina era filha única, além do irmão Jefferson Queiroga, sendo este já formado “Engenheiro”, pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte, com sede em Natal.


Seus avós maternos: Raimundo Soares de Queiroga e Ana Custódio de Queiroga, os quais residem na cidade de São Francisco do Oeste, próxima a Pau dos Ferros.

Seus avôs paternos: Francisco Manoel Pereira e Natália Batista Pereira, ambos natural de Mossoró – Estado do Rio Grande do Norte.

 
Escola Estadual José Guedes do Rego - Pau dos Ferros

Anathália Cristina aprendeu as primeiras letras na Escola Estadual José Guedes do Rego, na cidade em que nasceu.

 Escola Estadual 4 de Setembro - Pau dos Ferros

Posteriormente matriculou-se na Escola Estadual 4 de Setembro, onde concluiu o ginásio, e no ano seguinte matriculou-se no Colégio e Curso Evolução, "uma repartição particular", para cursar o 2º Grau.


 Colégio e Curso Evolução - Pau dos Ferros

Após concluir o 2º Grau fez vestibular no curso de Direito, na Universidade Potiguar, na capital natalense. Sendo aprovada, passou a ser aluna daquela universidade, cujo título “Advogada” receberia este ano de 2012.
 
UnP - Universidade Potiguar - Natal - RN

Adeus, Anathália! Um dia, todos nós, parentes e amigos,  estaremos juntinhos de você. Poderá demorar, mas não teremos outro caminho. A estrada poderá ser outra, mas o caminho será exatamente o mesmo que você seguiu para se encontrar com Deus.

Depoimento do pai - Júlio Batista Pereira

Júlio Batista Pereira e Anathália Queiroga

É uma das maiores dores que pai e mãe podem receber. Geralmente, nós, pais, esperamos que o filho ou os filhos acompanhem-nos até o cemitério para depositar os nossos corpos em uma urna fúnebre. Mas os pais levarem seu ou seus filhos para sepultá-los, é uma dor inexplicável. Acontecimento que jamais esqueceremos na vida. Nossas mentes não conseguem apagar esta dor ou o que aconteceu. 
   

Anathália era uma excelente filha. Só nos deu gosto enquanto permaneceu no nosso meio. Jamais foi preciso reclamá-la, e desde criança, ela mesma sabia o que era o certo e o que era errado. Uma grande amiga do Jefferson, seu irmão. Sempre foi estudiosa, inteligente, alegre, carinhosa a sua maneira, sempre gostou de nos ajudar. 
  

Nunca reclamava de nada. Se desse certo ela gostava, mas se não desse certo era como se nada tivesse nos pedido. Bastante brincalhona, conquistava amizade facilmente. Tinha um coração generoso.


Anathália estaria se formando este ano de 2012 em Direito. Mas o Deus resolveu levá-la para fazer parte do seu reino. Falava que o seu sonho era ser delegada da Policia Federal. Era o que ela almejava.. Muitas são suas qualidades Anathália nos deixou um vazio enorme, um pedaço de nós se foi junto com ela.


Adeus, minha filha! Que Deus a proteja sempre juntinho dele, e um dia, nós nos encontraremos novamente, mas desta vez, na casa do SENHOR.


Anathália Cristina Queiroga Pereira faleceu no dia 25 de Maio de 2012.

Se você quer saber o que aconteceu com Anathália Cristina Queiroga Pereira clique no link abaixo:

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domingo, 19 de maio de 2013

PALESTRA NA ESCOLA DE CASTELHANO, ACARAÚ-CE



Cruz-CE. Sexta feira, 17, estive na Escola João Lourenço Pereira Rocha para fazer uma palestra sobre Agricultura Orgânica, Agrotóxicos e Lixo para professores e alunos de 5ª à 8ª Series do Ensino Fundamental. Este ano, a escola conta com cerca de 300 alunos em três turnos. Foi um momento de muita recordação, pois, tive a oportunidade de rever as pessoas com quem tive o prazer de conviver durantes os anos em que estive atuando como professor de EJA naquela escola. Pouca coisa mudou: os professores e funcionários são quase todos os mesmos. A estrutura física da escola em nada mudou. Os alunos é que são diferentes. Muitos não me conheciam.
Escola João Lourenço Pereira Rocha fica situada na comunidade de Castelhano, Distrito de Aranaú, no Município de Acaraú, Litoral Oeste do Ceará. Com olhares atentos, sentados no salão, as crianças ouviam o que estava sendo conversado. Queriam saber um pouco da história da minha vida. O local onde eu nasci, a escola que frequentei, o Titulo de Jornalista Amigo da Criança, que foi conferido pela ANDI em 2005, e o Titulo de Cidadão Cruzense, em 2012, sendo uma iniciativa do Vereador Lindomar Brandão. Disse que trabalhava em radio e escrevia para o Jornal A FOLHA de Sobral. Citei a importância da parceria com a EMBRAPA e a ONG Catavento Comunicações. Eles queriam saber o que faz o Engenheiro Agrônomo. Expliquei que sua principal função é produzir alimentos para combater a fome no Mundo, seja de origem animal ou vegetal. Usando uma linguagem apropriada para crianças, todos me ouviam atentamente.
Durante uma hora, falei sobre a origem, o uso indiscriminado e os perigos dos agrotóxicos que eram aplicados para combater os insetos que atacavam as plantações. Muitas doenças podem ser causadas pelo uso de produtos contaminados com agrotóxicos como, por exemplo, doenças de pele, câncer, problemas respiratórios e de visão, dentre outras.Por causa destes problemas, as pessoas resolveram praticar Agricultura Orgânica, onde não é usado nenhum tipo de veneno, além de adotarem praticas agrícolas como plantio direto, adubação orgânica e controle natural dos insetos para que os produtos agrícolas não prejudiquem a saúde das pessoas que os consumirem. O feijão, o milho, as frutas e verduras orgânicas são mais saudáveis.
Além dos venenos usados na lavoura, outro problema que aflige a humanidade é o lixo, seja ele de origem residencial, comercia ou industrial.
O lixo enfeia os campos e as periferias das comunidades, polui o solo, o ar e as aguas dos rios lagos e até as subterrâneas. Atrai todo tipo de insetos que surgem a procura dos restos de alimentos.
Diante destes problemas, as pessoas resolveram tomar uma atitude de combater ao lixo. Promulgaram leis para preservar o meio ambiente, diminuir o lixo produzido, dar um destino adequado e até punir quem não obedecer. A escola é a responsável pela educação das pessoas e as instituições como associações, igreja, Sindicatos e o comercio também devem colaborar. Foi criado um programa para diminuir o lixo denominado de 5R que é a letra inicial das palavras Reciclar, Reduzir, Reutilizar, Repensar e Rejeitar. Todos os significados foram explicados direitinho.
Os lixões a céu aberto são prejudiciais ao meio ambiente e por isto devem ser acabados até 2014 e o lixo levado para os Aterros Sanitários em um local apropriado e seguro.
Se estas medidas não forem adotadas com muita responsabilidade e cooperação de todos, quando as crianças de hoje se tornarem adultas não encontrarão um ambiente saudável para viver nem alimentos apropriados para serem consumidos sem causarem danos à saúde das pessoas.
Além dos alunos, participaram os professores Jonas Carlos (Coordenador), Luciano, Nilton, Fernando, Livramento (Moça), Jacira, Jordelia, Geice, Flaviana, Criseli e funcionários. O convite para a palestra foi da Diretora Gelicleuda e faz parte dos preparativos para a Conferencia sobre o Meio Ambiente que será realizada na escola no final deste mês, em data ainda não definida.

Dr. Lima

http://img1.blogblog.com/img/icon18_email.gif Postado por Jornal A FOLHA às 22:38 

terça-feira, 14 de maio de 2013

Por que os médicos cubanos assustam

Por: Pedro Porfírio



Elite corporativista teme que mudança do foco no atendimento abale o nosso sistema mercantil de saúde
por Pedro Porfírio, em seu blog, via Cebes

A virulenta reação do Conselho Federal de Medicina contra a vinda de 6 mil médicos cubanos para trabalhar em áreas absolutamente carentes do país é muito mais do que uma atitude corporativista: expõe o pavor que uma certa elite da classe médica tem diante dos êxitos inevitáveis do modelo adotado na ilha,  que prioriza a prevenção e a educação para a saúde, reduzindo não apenas os índices de enfermidades, mas sobretudo a necessidade de atendimento e os custos com a saúde.

Essa não é a primeira investida radical do CFM e da Associação Médica Brasileira contra a prática vitoriosa dos médicos cubanos entre nós. Em 2005, quando o governador  de Tocantins não conseguia médicos para a maioria dos seus pequenos e afastados municípios, recorreu a um convênio com Cuba e viu o quadro de saúde mudar rapidamente com a presença de apenas uma centena de profissionais daquele país.

A reação das entidades médicas de Tocantins, comprometidas com a baixa qualidade da medicina pública que favorece o atendimento privado, foi quase de desespero. Elas só descansaram quando obtiveram uma liminar de um juiz de primeira instância determinando em 2007 a imediata “expulsão” dos médicos cubanos.

No Brasil, o apego às grandes cidades

Dos  371.788 médicos brasileiros, 260.251 estão nas regiões Sul e Sudeste
Neste momento, o governo da presidenta Dilma Rousseff só  está cogitando de trazer os médicos cubanos, responsáveis pelos melhores índices de saúde do Continente, diante da impossibilidade de assegurar a presença de profissionais brasileiros em mais de um milhar de municípios, mesmo com a oferta de vencimentos bem superiores aos pagos nos grandes centros urbanos.

E isso não acontece por acaso. O próprio modelo de formação de profissionais de saúde, com quase 58% de escolas privadas, é voltado para um tipo de atendimento vinculado à indústria de equipamentos de alta tecnologia, aos laboratórios e às vantagens do regime híbrido, em que é possível conciliar plantões de 24 horas no sistema público com seus consultórios e clínicas particulares, alimentados pelos planos de saúde.

Mesmo com consultas e procedimentos pagos segundo a tabela da AMB, o volume de  clientes é programado para que possam atender no mínimo dez por turnos de cinco horas. O sistema é tão direcionado que na maioria das especialidades o segurado pode ter de esperar mais de dois meses por uma consulta.

Além disso, dependendo da especialidade e do caráter de cada médico, é possível auferir faturamentos paralelos em comissões pelo direcionamento dos exames pedidos como rotinas em cada consulta.

Sem compromisso em retribuir os cursos públicos

Há no Brasil uma grande “injustiça orçamentária”: a formação de médicos nas faculdades públicas, que custa muito dinheiro a todos os brasileiros, não presume nenhuma retribuição social, pelo menos enquanto  não se aprova o projeto do senador Cristóvam Buarque, que obriga os médicos recém-formados que tiveram seus cursos custeados com recursos públicos a exercerem a profissão, por dois anos, em municípios com menos de 30 mil habitantes ou em comunidades carentes de regiões metropolitanas.

Cruzando informações, podemos chegar a um custo de R$ 792.000,00 reais para o curso de um aluno de faculdades públicas de Medicina, sem incluir a residência. E se considerarmos o perfil de quem consegue passar em vestibulares que chegam a ter 185 candidatos por vaga (UNESP), vamos nos deparar com estudantes de classe média alta, isso onde não há cotas sociais.

Um levantamento do Ministério da Educação detectou que na medicina os estudantes que vieram de escolas particulares respondem por 88% das matrículas nas universidades bancadas pelo Estado. Na odontologia, eles são 80%.

Em faculdades públicas ou privadas, os quase 13 mil médicos formados anualmente no Brasil não estão nem preparados, nem motivados para atender às populações dos grotões. E não estão por que não se habituaram à rotina da medicina preventiva e não aprenderam como atender sem as parafernálias tecnológicas de que se tornaram dependentes.

Concentrados no Sudeste, Sul e grandes cidades

Números oficiais do próprio CFM indicam que 70% dos médicos brasileiros concentram-se nas regiões Sudeste e Sul do país. E em geral trabalham nas grandes cidades.  Boa parte da clientela dos hospitais municipais do Rio de Janeiro, por exemplo, é formada por pacientes de municípios do interior.
Segundo pesquisa encomendada pelo Conselho,  se a média nacional é de 1,95 médicos para cada mil habitantes, no Distrito Federal esse número chega a 4,02 médicos por mil habitantes, seguido pelos estados do Rio de Janeiro (3,57), São Paulo (2,58) e Rio Grande do Sul (2,31). No extremo oposto, porém, estados como Amapá, Pará e Maranhão registram menos de um médico para mil habitantes.

A pesquisa “Demografia Médica no Brasil” revela que há uma forte tendência de o médico fixar moradia na cidade onde fez graduação ou residência. As que abrigam escolas médicas também concentram maior número de serviços de saúde, públicos ou privados, o que significa mais oportunidade de trabalho. Isso explica, em parte, a concentração de médicos em capitais com mais faculdades de medicina. A cidade de São Paulo, por exemplo, contava, em 2011, com oito escolas médicas, 876 vagas – uma vaga para cada 12.836 habitantes – e uma taxa de 4,33 médicos por mil habitantes na capital.

Mesmo nas áreas de concentração de profissionais, no setor público, o paciente dispõe de quatro vezes menos médicos que no privado. Segundo dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar, o número de usuários de planos de saúde hoje no Brasil é de 46.634.678 e o de postos de trabalho em estabelecimentos privados e consultórios particulares, 354.536.Já o número de habitantes que dependem exclusivamente do Sistema Único de Saúde (SUS) é de 144.098.016 pessoas, e o de postos ocupados por médicos nos estabelecimentos públicos, 281.481.

A falta de atendimento de saúde nos grotões é uma dos fatores de migração. Muitos camponeses preferem ir morar em condições mais precárias nas cidades, pois sabem que, bem ou mal, poderão recorrer a um atendimento em casos de emergência.

A solução dos médicos cubanos é mais transcendental pelas características do seu atendimento, que mudam o seu foco no sentido de evitar o aparecimento da doença.  Na Venezuela, os Centros de Diagnósticos Integrais espalhados nas periferias e grotões, que contam com 20 mil médicos cubanos, são responsáveis por uma melhoria radical  nos seus índices de saúde.

Cuba é reconhecida por seus êxitos na medicina e na biotecnologia

Em  sua nota ameaçadora, o CFM afirma claramente que confiar populações periféricas aos cuidados de médicos cubanos é submetê-las a profissionais não qualificados. E esbanja hipocrisia na defesa dos direitos daquelas pessoas.

Não é isso que consta dos números da Organização Mundial de Saúde.  Cuba, país submetido a um asfixiante bloqueio econômico, mostra que nesse quesito é um exemplo para o mundo e tem resultados melhores do que os do Brasil.

Graças à sua medicina preventiva, a ilha do Caribe tem a taxa de mortalidade infantil mais baixa da América e do Terceiro Mundo – 4,9 por mil (contra 60 por mil em 1959, quando do triunfo da revolução) – inferior à do Canadá e dos Estados Unidos. Da mesma forma, a expectativa de vida dos cubanos – 78,8 anos (contra 60 anos em 1959) – é comparável a das nações mais desenvolvidas.

Com um médico para cada 148 habitantes (78.622 no total) distribuídos por todos os seus rincões que registram 100% de cobertura, Cuba é, segundo a Organização Mundial de Saúde, a nação melhor dotada do mundo neste setor.

Segundo a New England Journal of Medicine, “o sistema de saúde cubano parece irreal. Há muitos médicos. Todo mundo tem um médico de família. Tudo é gratuito, totalmente gratuito. Apesar do fato de que Cuba dispõe de recursos limitados, seu sistema de saúde resolveu problemas que o nosso [dos EUA] não conseguiu resolver ainda. Cuba dispõe agora do dobro de médicos por habitante do que os EUA”.

O Brasil forma 13 mil médicos por ano em  200 faculdades: 116 privadas, 48 federais, 29 estaduais e 7 municipais. De 2000 a 2013, foram criadas 94 escolas médicas: 26 públicas e 68 particulares.

Formando médicos de 69 países

Em 2012, Cuba, com cerca de 13 milhões de habitantes, formou em suas 25 faculdades, inclusive uma voltada para estrangeiros, mais de 11 mil novos médicos: 5.315 cubanos e 5.694 de 69 países da América Latina, África, Ásia e inclusive dos Estados Unidos.

Atualmente, 24 mil estudantes de 116 países da América Latina, África, Ásia, Oceania e Estados Unidos (500 por turma) cursam uma faculdade de medicina gratuita em Cuba.

Entre a primeira turma de 2005 e 2010, 8.594 jovens doutores saíram da Escola Latino-Americana de Medicina. As formaturas de 2011 e 2012 foram excepcionais com cerca de oito mil graduados. No total, cerca de 15 mil médicos se formaram na Elam em 25 especialidades distintas.

Isso se reflete nos avanços em vários tipos de tratamento, inclusive em altos desafios, como vacinas para câncer do pulmão, hepatite B, cura do mal de Parkinson e da dengue.  Hoje, a indústria biotecnológica cubana tem registradas 1.200 patentes e comercializa produtos farmacêuticos e vacinas em mais de 50 países.

Presença de médicos cubanos no exterior

Desde 1963,  com o envio da primeira missão médica humanitária à Argélia, Cuba trabalha no atendimento de populações pobres no planeta. Nenhuma outra nação do mundo, nem mesmo as mais desenvolvidas, teceu semelhante rede de cooperação humanitária internacional. Desde o seu lançamento, cerca de 132 mil médicos e outros profissionais da saúde trabalharam voluntariamente em 102 países.

No total, os médicos cubanos trataram de 85 milhões de pessoas e salvaram 615 mil vidas. Atualmente, 31 mil colaboradores médicos oferecem seus serviços em 69 nações do Terceiro Mundo.

No âmbito da Alba (Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América), Cuba e Venezuela decidiram lançar em julho de 2004 uma ampla campanha humanitária continental com o nome de Operação Milagre, que consiste em operar gratuitamente latino-americanos pobres, vítimas de cataratas e outras doenças oftalmológicas, que não tenham possibilidade de pagar por uma operação que custa entre cinco e dez mil dólares. Esta missão humanitária se disseminou por outras regiões (África e Ásia). A Operação Milagre dispõe de 49 centros oftalmológicos em 15 países da América Central e do Caribe. Em 2011, mais de dois milhões de pessoas de 35 países recuperaram a plena visão.

Quando se insurge contra a vinda de médicos cubanos, com argumentos pueris, o CFM adota também uma atitude política suspeita: não quer que se desmascare a propaganda contra o  regime de Havana,  segundo a qual o sonho de todo cubano é fugir para o exterior. Os mais de 30 mil médicos espalhados pelo mundo permanecem fiéis aos compromissos sociais de quem teve todo o ensino pago pelo Estado, desde a pré-escola e de que, mais do que enriquecer, cumpre ao médico salvar vidas e prestar serviços humanitários.

Leia também:

Pedro Saraiva: Sobre a vinda dos 6.000 médicos cubanos

http://www.viomundo.com.br/politica/pedro-porfirio-por-que-os-medicos-cubanos-assustam.html

Postado por José Mendes Pereira - Mossoró-RN

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sábado, 4 de maio de 2013

O NASCIMENTO DE BRASILIA

Embrapa anuncia a criação de mais uma vaca clonada. Primeiro bovino do país gerado a partir de células do tecido adiposo, o animal foi batizado em homenagem à cidade

Clara Campoli

A bezerra Bras�­lia, ao lado da m�£e de aluguel, Marina: o parto, normal, aconteceu no �ºltimo dia 23 (Gustavo Moreno/CB/D.A Press)
A bezerra Brasília, ao lado da mãe de aluguel, Marina: o parto, normal, aconteceu no último dia 23


A capital do país ganhou uma filha mais que especial. A bezerra Brasília, nascida há 11 dias, recebeu esse nome por ter vindo ao mundo em uma data tão próxima à que Juscelino Kubitschek escolheu para inaugurar a cidade. O animal é um clone, fruto de pesquisas feitas na Embrapa — Centro de Transferência de Tecnologias de Raças Zebuínas com Aptidão Leiteira (CTZL). Depois de três tentativas que resultaram em abortos ou em filhotes natimortos, a quarta gestação chegou até o fim e resultou na pequena Brasília.

O tempo de gestação de um bovino varia de 290 a 295 dias, mas foram necessários quatro anos para que a nova integrante do rebanho da Embrapa chegasse. Todo esse período de pesquisa havia resultado, até o último dia 23, em alterações nos anexos fetais e em anormalidades na placenta, que geraram os experimentos mal-sucedidos. A gestação de Brasília, no entanto, correu tão tranquilamente que os pesquisadores até se perguntaram se aquela era mesmo a gravidez de um clone. O resultado chegou depois do nascimento: no exame de DNA, está comprovado que o material genético da bezerra é idêntico ao da vaca que doou o núcleo celular, Acácia.

Brasília é o primeiro clone bovino gerado sem doação de material embrionário no Brasil. Até então, só haviam sido bem-sucedidos os processos com núcleos de fibroblastos, células retiradas de embriões. A novidade é que, no novo procedimento, a célula doada é de tecido adiposo, uma fonte de células-tronco. O método provou ser mais fácil e eficaz, tendo em vista a proporção do sucesso: em quatro tentativas, uma deu certo. “O tecido adiposo é um material que nos agradou muito, foi surpreendente. Para nós, isso representa uma possibilidade de melhoria na técnica, além de taxas maiores de produção de embriões e de gestações completas. É bastante animador, isso incentiva a pesquisa”, comemorou o cientista à frente do projeto, Carlos Frederico Martins.

Com a novidade, a perspectiva é que o próximo passo seja clonar bovinos transgênicos, ou seja, com o material genético manipulado para determinados fins. A ideia principal é inserir no leite das vacas proteínas humanas, como a insulina, por exemplo. A possibilidade de fazer esse uso do material genético já foi testada e comprovada por outros cientistas. Enquanto isso, Brasília, que foi monitorada de perto durante os quase 10 meses de gestação, continuará sob vigilância constante dos pesquisadores. “Vamos observar o desenvolvimento dela, avaliar o comportamento reprodutivo, analisar a lactação quando for a hora. A questão do leite é muito importante para essa pesquisa”, explicou Martins.

Quando era uma bezerra, Acácia era marrom, idêntica a Brasília. O clone, depois de crescer, vai ter a pelagem cinzenta, como a da doadora. As duas, no entanto, não se reconhecem nem mesmo pelo cheiro. A bezerra, da raça guzerá leiteiro, é muito apegada a Marina, a mãe de aluguel da raça girolando, que acolheu o embrião e pariu o clone (veja infografia acima). As duas tiveram um estranhamento no começo, mas muito mais porque a vaca adulta, do pelo preto, é também mãe de primeira viagem. Hoje, a relação das duas, que não têm qualquer gene compartilhado, é de mãe e filha: Marina é uma vaca dócil e tranquila, mas se irrita quando os cientistas seguram Brasília por muito tempo. “Ela é sossegada. Pior seria se a mãe de aluguel fosse da raça nelore, porque aí a gente não ia conseguir nem chegar perto”, explica Martins.

Parto normal
O clone nasceu em fim de expediente. Os pesquisadores estavam de saída, prontos para fechar a chácara, localizada próxima ao Gama, quando resolveram dar uma última verificada em Marina. “Nós olhamos de última hora e as patinhas dela já estavam para fora. Se a gente tivesse ido embora sem checar, Brasília teria morrido”, lembra Carolina Gonzales, doutoranda da Universidade de Brasília que trabalha em parceria com Martins no projeto.

A correria para o nascimento da bezerra assustou os pesquisadores. “Quando nós estamos com uma gestação, fazemos uma previsão do dia em que ela pode nascer, mas a Brasília veio antes. Ficamos nervosos, porque aí tivemos que correr para pegar os materiais enquanto o parto ia acontecendo. A Carol teve uma prévia do que é ter um filho”, brincou Martins. A jovem, que é muito apegada à bezerra, conta que, ao fim do processo, não aguentou a emoção e caiu no choro, dentro do laboratório onde produziu o embrião que se tornou Brasília.

Geralmente, quando a gestação é de um clone, os cientistas precisam induzir o nascimento, ou até mesmo fazer uma cesariana. Marina entrou em trabalho de parto sozinha e teve Brasília de forma natural. Ela veio ao mundo com 35kg, um pouco mais leve que a maioria dos bovinos clonados. Não precisou de suplementos alimentares e, só com o leite da barriga de aluguel, vem engordando a olhos vistos.

Ao contrário da arisca Acácia, a bezerra Brasília não é nada brava: adora uma sombra e tem muita preguiça de ficar em pé. “Ela é igual a um bebê. Mama, deita e dorme”, diz Martins. O comportamento merecerá uma análise à parte. “Vamos criá-la no cabresto, com bastante contato humano. Ela provavelmente será dócil”, explica o cientista. 

Fonte:  Correio Brasiliense
Postado por Dr. Lima