terça-feira, 6 de outubro de 2015

O BANQUEIRO DE MOSSORÓ - SEBASTIÃO FERNANDES GURGEL - PARTE VI

Por Mariana Gadelha

Amor e generosidade

Honesto, pacato e amoroso são palavras que resumem as qualidades de Sebastião Gurgel aos olhos do filho Raimundo. Em casa o patriarca era maleável, cultivava um casamento feliz ao lado de Elisa Rocha e preocupava-se com a educação dos descendentes. Ele próprio não tinha muito estudo, mas gostava de ler jornais e livros, assim como ir ao teatro e ao cinema, costumes que o tornaram um homem bem instruído. "Meu pai sempre dizia que ganhava mais que um general, mas não tinha a segurança de possuir um diploma, por isso nos incentivou a estudar", afirma o sucessor do grande banqueiro que "não era Midas, mas onde colocava a mão fazia o negócio prosperar", complementa.

A generosidade era outro ponto forte de Sebastião, que ao lado de Elisa encaminhava os parentes para a educação e o trabalho. No livro sobre Delmiro Rocha, escrito por Misherlany Gouthier juntamente com o neto do personagem, Fernando Diniz Rocha, há relatos de que o casal Rocha Gurgel ajudou a família em tempos difíceis. "Elisa e Tião Gurgel foram verdadeiros protetores dos Diniz Rocha até o início de suas atividades comerciais, independentemente", citam os autores.

Em outra página, Fernando Rocha compartilha que Elisa era uma grande mulher, considerada uma verdadeira matriarca pela maneira protetora e fundamental com que cuidava dos irmãos e se preocupava com o futuro deles. "Além da pessoa que era, teve na família a sorte advinha do seu casamento com o comerciante e posteriormente banqueiro Sebastião Gurgel, próspero que ao lado da companheira agiu beneficamente, engrandecendo aos demais familiares pelo encaminhamento na vida social e educativa dos parentes. (...) O sucesso dos Diniz Rocha se deve, em grande parte, a ajuda benevolente do casal Sebastião e Elisa"". ressalta.

Raimundo Gurgel adiciona que a família da mãe era humilde, por isso ela costumava dizer que só se casaria com "homem de loja", ou seja, alguém que tivesse melhores condições financeiras. Além de concretizar o seu desejo, Elisa ainda teve a sorte de viver um relacionamento harmonioso ao lado de Sebastião. "meu pai era de um temperamento brando demais. Não levantava a voz, ao contrário da minha mãe, que era mandona. Ele era um verdadeiro "MANICACA", inclusive, na mesa da sala de jantar não era meu pai que se sentava na cabeceira, e sim ela", recorda o filho do casal. Elisa faleceu em 1968 e Sebastião ainda viveu mais alguns anos. Em 1972, ele partiu para reencontrar o seu amor. 

CONTINUA...
Fonte: Revista BZZZ
Digitado por José Mendes Pereira

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