Por: José Mendes Pereira
Hoje, bem cedinho, seis horas da manhã, ouvi uma música que me veio a lembrança de um dos mais conhecidos no meio do estudo "cangaço", e tenho plena certeza, que todos que compõem a saga cangaceiróloga do nordeste brasileiro, gostariam de oferecer esta canção ao ex-prefeito de Poço Redondo (por três gestões), e escritor:
Alcindo Alves da Costa.
A canção diz o que realmente, cada admiração por alguém, seja preservada e deve ser guardada debaixo de sete chaves.
Não o conheço pessoalmente, apenas através de fotos e vídeos, mas pelo que os seus confrades dizem sobre a sua generosidade com as pessoas, o respeito, a admiração que guarda de cada um, merece a "Canção da América".
A "Canção da América" não é oferecida a qualquer um (é como um troféu, nem todos têm direito a ele), é para aquele que todos falam bem dele, e que o elegeram como o melhor amigo, e que jamais ouviram ele dizer algo machucante contra os outros.
Não adianta querer ser merecedor da "Canção da América". Ela é oferecida por expontânea vontade dos amigos, não com exigência. Não adianta endeusar os outros na presença, e quando se retira, lá fora, o outro é um verdadeiro satanáz. Ser amigo é não escolher por riquezas, por beleza, por cor, ou outra coisa parecida; cada um é como Deus o fez.
Não adianta morrer por amigo, defendê-lo é muito arriscado, pois estará colocando a sua vida em perigo. Não adianta dizer ao amigo o que os outros dizem contra ele, pois estará o colocando num mundo de desavença. O certo é se retirar do lugar e fim de conversa.
Para o amigo, se deseja o bem, e não o mal.
"CANÇÃO DA AMÉRICA"
Amigo é coisa para se guardar
Debaixo de sete chaves
Dentro do coração
Assim falava a canção que na América ouvi
Mas quem cantava chorou
Ao ver o seu amigo partir
Mas quem ficou, no pensamento voou
Com seu canto que o outro lembrou
E quem voou, no pensamento ficou
Com a lembrança que o outro cantou
Amigo é coisa para se guardar
No lado esquerdo do peito
Mesmo que o tempo e a distância digam "não"
Mesmo esquecendo a canção
O que importa é ouvir
A voz que vem do coração
Pois seja o que vier, venha o que vier
Qualquer dia, amigo, eu volto
A te encontrar
Qualquer dia, amigo, a gente vai se encontrar.
Uma homenagem ao decano de Poço Redondo: Alcindo Alves da Costa
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