Por José Mendes Pereira
Os personagens
que figuram neste artigo não usarei os seus verdadeiros nomes, darei nomes
criados, para preservar a identidade de cada um.
O primeiro sequestro que aconteceu com bens materiais pertencentes a pessoas de Mossoró, aconteceu entre os anos de 1969 a 1971, nas terras de Apodi, no Rio Grande do Norte; e todos os sequestradores eram mossoroenses, sequestro que deixou a cidade assombrada, já que ainda não havia acontecido tal coisa, e foi muito badalado em toda região adjacente a esta cidade.
Nesse período, o José, o sequestrador dos instrumentos, era aluno do Ginásio Municipal de Mossoró, na mesma classe em que eu estudava, e além de estudante, era organizador de um grupo musical, que já marchava para a fama, sendo ele, dono de todos os instrumentos que compunham o conjunto.
O primeiro sequestro que aconteceu com bens materiais pertencentes a pessoas de Mossoró, aconteceu entre os anos de 1969 a 1971, nas terras de Apodi, no Rio Grande do Norte; e todos os sequestradores eram mossoroenses, sequestro que deixou a cidade assombrada, já que ainda não havia acontecido tal coisa, e foi muito badalado em toda região adjacente a esta cidade.
Nesse período, o José, o sequestrador dos instrumentos, era aluno do Ginásio Municipal de Mossoró, na mesma classe em que eu estudava, e além de estudante, era organizador de um grupo musical, que já marchava para a fama, sendo ele, dono de todos os instrumentos que compunham o conjunto.
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Querendo mudar os seus instrumentos, isto é, com novos equipamentos, guitarra,
bateria, baixo e outros mais, José resolveu colocá-los à venda. E não demorou
muito para que aparecesse o comprador, um dos seus antigos componentes.
O negócio foi feito da seguinte maneira: O João, o comprador dos seus
instrumentos, teria 60 dias para fazer o pagamento dos mesmos. Mas, assim que
venceu o prazo, o João não honrou o acordo feito com o José, alegando ele que
não havia feito mais shows.
Agora as coisa iriam piorar, porque o José já havia comprado os seus desejados
instrumento musicais novos, e ficara devendo uma certa parte ao comércio, e não
teria condições de pagá-la, vez que o negócio feito, garantia o pagamento do
que ele comprara ao lojista, e isso só seria resolvido, se o João cumprisse com
o seu dever de devedor.
Como o João não lhe pagara e nem devolvia os seus instrumentos usados, o José
organizou uma espécie de sequestro, só assim ele recuperaria os seus
instrumentos. E se caso a loja tomasse-lhe os que ele havia comprado,
recuperando os seus instrumentos usados, poderia continuar fazendo contratos de
shows em Mossoró e na região.
Sabendo que em
uma determinada data, o João estaria viajando para a cidade de Apodi, no Rio
Grande do Norte, para fazer um show, e como o plano do sequestro aos
instrumentos já estava prontinho, José e mais os seus comparsas abalaram-se de
Mossoró, e foram tentar recuperar os seus instrumentos.
Já bem próximo à cidade de Apodi, os sequestradores esconderam a Kombi, a qual transportava os armamentos, e logo fizeram o mesmo, procuraram lugares para se ocultarem das vistas do grupo de João, que não tardaria passar em direção à cidade de Apodi.
Já bem próximo à cidade de Apodi, os sequestradores esconderam a Kombi, a qual transportava os armamentos, e logo fizeram o mesmo, procuraram lugares para se ocultarem das vistas do grupo de João, que não tardaria passar em direção à cidade de Apodi.
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Passados 30 minutos, em alta velocidade apontou um automóvel na
estrada de barro. Era a Kombi do João, que transportava os instrumentos
musicais para o local do show em Apodi, que ainda continuavam sendo de
propriedades do José, já que ele não recebera nenhuma quantia como forma de
pagamento.
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E
antes que a kombi passasse do local em que eles estavam, os sequestradores
saíram de dentro do mato, e cada um com a sua arma engatilhada, apontando em
direção ao transporte. E lentamente, o condutor do automóvel veio parando,
parando, até que o levou ao acostamento da estrada.
O
José, nervoso, disse:
-
Descem! Descem! Se não se renderam, serão todos crivados de balas agora mesmo!
- Disse ele, que naquele momento, estava com o ódio e o cão nos couros.
O
João, que estava totalmente errado, mesmo assim, insistia, para que o
José liberasse os instrumentos para ele realizar o seu show, logo mais à
noite, na cidade apodiense, já que tinha feito contrato, e do contrário, iria
arcar com uma grande despesas, cobrada pelos organizadores da festa, pois isso
rezava no contrato musical. Mas o José não abriu mão, obrigando-os a colocarem
todo equipamento musical dentro da sua Kombi.
Transferido
os instrumentos, de uma kombi para a outra, José deu ré e retornou para
Mossoró, ciente que tinha feito um bom sequestro dos seus instrumentos.
Apesar de estar defendendo o que lhe pertencia, mesmo assim, o José teve que
prestar contas com a polícia e com a justiça.
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