terça-feira, 27 de dezembro de 2016

O CORONEL DOS CORONÉIS

Por Dilton Cândido Santos Maynard

A INCRÍVEL VIDA DE DELMIRO GOUVEIA, AUDACIOSO MÁRTIR DA INDÚSTRIA NACIONAL

Era um homem temido e extremamente sedutor. Dizem que tinha ímã nos olhos e detestava gente preguiçosa. Quando ia à cidade, vestia-se elegantemente, com direito a bengala e cartola. Estava sempre perfumado. No sertão, manejava com habilidade o chicote e sabia fazer-se respeitar. Em todo o Nordeste, chamavam-no coronel Delmiro Gouveia, ou simplesmente “coronel dos coronéis”.

Em meio à pobreza e ao atraso do sertão, Gouveia criou a usina hidrelétrica Angiquinho, encravada nas paredes de uma cachoeira, para obter eletricidade das águas do Rio São Francisco. Com a energia, impulsionou a Companhia Agro-Fabril Mercantil (CAM), conhecida como Fábrica da Pedra — a primeira a produzir linhas de coser no país.

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