07/10/2009 — cruzonline
“Somos todos como nuvens passageiras. Não importa quantos anos tenhamos, um dia seremos chamados para partir definitivamente para o reino do céu”. Este trecho de um dos hinos cantados no cortejo fúnebre de monsenhor Américo Simonetti resume a trajetória final de vida de cada ser terreno. Assim, com a sensação que ele cumpriu sua missão e agora irá zelar por todos os mossoroenses lá no céu, milhares de pessoas acompanharam o momento final de sua estada na Terra. Monsenhor Américo morreu aos 79 anos, na madrugada da última segunda-feira, vítima de câncer. Emocionados, empresários, políticos, religiosos e comunidade participaram ontem, 6, da cerimônia de sepultamento do religioso que prestou relevantes serviços ao povo de Mossoró. Na celebração de despedida, com a missa de corpo presente iniciada às 8h, a Catedral de Santa Luzia ficou pequena para tantos fiéis, que se aglomeravam a fim de poder dar o último adeus ao padre. Do lado de fora, outras centenas de pessoas também acompanharam o momento de fé. Por mais de duas horas, a Catedral de Santa Luzia, símbolo de 35 anos de dedicação e devoção de monsenhor Américo, foi palco de homenagens ao seu eterno pároco. Durante a celebração, presidida por dom Mariano Manzana, a senadora Rosalba Ciarlini, a deputada federal Sandra Rosado, João Batista Simonetti, entre outros nomes externaram seu sentimento de gratidão e respeito pelo padre. O corpo saiu da igreja em cortejo rumo ao cemitério São Sebastião, por volta das 10h30. Ao som do hino de Santa Luzia, a multidão que acompanhava o corpo do padre fazia lembrar a tradicional procissão da festa da padroeira. Mas, desta vez, Mossoró não está alegre. Mossoró está de luto, pela perda de tão ilustre pessoa. “A falta de monsenhor Américo será um vazio eterno. Até mesmo quem não professa a fé católica sabe da importância que o padre teve para a cidade”, conta o comerciante João Dantas. Ao passar o cortejo fúnebre, as pessoas que estavam no centro da cidade paravam para prestar sua última homenagem ao religioso. No cemitério, outra multidão aguardava emocionada a chegada do corpo do padre. Na chegada do corpo, grupos pastorais fizeram uma fileira com as coroas de flores que iam até a capela do cemitério, onde o padre foi sepultado. Ao percorrer o corredor de flores o corpo de monsenhor Américo recebeu uma salva de palmas, juntamente com uma chuva de pétalas de rosas. Ainda no cemitério, o povo de Deus cantou e orou pela alma do religioso. A fiel Francisca Ivanilda veio de Assú, terra natal do padre, para poder se despedir de perto de monsenhor Américo. “Ele vai fazer muita falta para cada um de nós”, afirma. Na oportunidade, o bispo dom Mariano confortou os fiéis lembrando que “entregamos o corpo à terra e a alma a Deus”, descreve. Para ele, a vida de monsenhor Américo foi um dom de Deus. “Ele foi muito generoso e forte no amor e na sua vocação”, complementa. A deputada estadual Larissa Rosado ressalta que todas as homenagens de hoje representam o imenso respeito que o povo mossoroense tinha pelo monsenhor Américo. A deputada federal Sandra Rosado acrescenta que “hoje o perdemos, mas o céu ganhou. Ele deixou muitas marcas. Mossoró terá muitas saudades do pastor de Deus”, diz a deputada. Padre Guimarães Neto destaca que praticamente todos os mossoroense tinham uma história próxima à do sacerdócio de monsenhor Américo. “Ele sempre estava orientando os fiéis e mostrando o caminho da fé”, frisa. Para o padre Guimarães, na edição 2009 da festa de Santa Luzia, monsenhor Américo estará ainda mais presente. “Ao vivenciar a festa da padroeira, com certeza iremos lembrar com alegria de sua devoção e gosto por ver a festa crescer”, salienta. Em, 7/10/09. |
Adriana Morais
adriana.morais20@hotmail.com
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Dr.Lima
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