Por José Mendes Pereira
Durante o
período em que frequentei escolas, como aluno, eu tive vários tipos de
professores com personalidades diferentes uns dos outros como: alguns amigos
dos alunos, outros nem valorizam a sua classe, no sentido de ter uma melhor
aproximação com as turmas, outros um tanto quanto rígidos, ignorantes, e
cobravam até o que pouco havia explorado em sala de aula, outros com sorrisos
francos, mas que na verdade eram uns verdadeiros inimigos dos alunos. Mesmo com
suas manias presentes, todos eram bons professores, com bagagens para todos os
níveis escolares, muito embora alguns tinham as suas dificuldades, talvez por
não terem as assistências necessárias para explanar uma melhor aula aos seus
discípulos.
Dr. José
Araújo, ex-diretor da "União Caixeiral, Aluízio Alves, ex-governador do
Rio Grande do Norte, Maysa Almeida Costa, Elza Senna, Irmã Socorro, Sueli
Freire e a professora Sergina Leão. 1966 - http://www.azougue.org/conteudo/dobumba235.htm
Mas como a
professora Sergina Leão que lecionava geografia na "Escola Técnica de
Comércio União Caixeiral", desconheço alguém, que na mesma época, tinha
uma bagagem de conhecimentos sobre a matéria que ensinava. Sergina Leão
dominava a matéria como ninguém, e usava seus planos de aulas apenas para mostrar
que era organizada. Mas, no momento que ela iniciava escrever na lousa o
conteúdo, não necessitava deles. Após o conteúdo escrito na lousa, ela iniciava
a explicação, que muitas vezes, alunos de outras classes, ficavam por fora das
janelas, ouvindo as suas explanações sobre o conteúdo.
Escola
Técnica de Comercio União Caixeiral - blogdetelescope.blogspot.com
Sergina Leão
era irmã de um dos melhores médicos cardiologistas de Mossoró, Doutor José
Leão, e do empresário Pedro Leão, sendo que este último, o leitor já tem lido
neste mesmo blog as suas façanhas como: "Seu Pedro Leão e o
alicate", e ainda: "Seu Pedro Leão e as tampas de
garrafas". ambas escritas por mim.
Sergina Leão
foi uma professora que nunca deu mole aos alunos. Sempre mantinha a rigidez de
cobrar na prova tudo que ela havia passado em sala de aula. De forma alguma,
não perdoava, se por ventura, visse algum aluno tentando se beneficiar com
colas. De imediato, o aluno colador, tinha que se retirar da sala de aula, e
aguardar uma nova oportunidade, e desta vez, faria a prova sozinho, observado
por ela. Dona Sergina não admitia que secretárias da escola observassem alunos
no momento da sua prova, ou posteriormente. Quem aplicava seus testes e provas
aos seus alunos, nada mais do que ela.
http://marylins.eev.com.br
Certa feita,
quando eu era seu aluno. Ela passou um trabalho para minha turma, mas este era
individualmente, isto é, cada aluno teria que fazer o seu, e em aulas
seguintes, cada um era obrigado apresentar o que aprendera para toda a
turma. E como neste período eu havia saído do orfanato que eu morava, e
estava passando por grandes dificuldades financeiras, morando sozinho no
Sindicato da Lavoura em Mossoró, e tentando me adaptar a nova vida que ganhara,
e não estava com condições de apresentar o trabalho, tentei enganá-la,
dizendo-lhe que eu estava cirurgiado e não tinha condições para fazer a
apresentação na lousa. Ela aceitou as minhas desculpas, mas na seguinte
condição: Eu teria que fazer a prova oral, já que na lousa eu não tinha
condições de escrever, e depois explanar o conteúdo.
Enganei-me por
completo. Eu esperava que as perguntas fossem fáceis. Dona Sergina Leão fez
perguntas tão difíceis e não atingi a média. Fui reprovado direto. Malvada! Mas
a professora Sergina Leão foi uma grande professora de Mossoró.
Minhas simples
histórias
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