Cruz/CE. “Mais um ano que passou, só ilusão ficou, até chorei, as lágrimas caindo
sobre a areia quente do verão”.
Em 2016, o mundo experimentou avanços, conquistas e derrotas.
Guerras Sangrentas, refugiados, glamour, tragédias, seca, peste e fome.
O Brasil vive um Golpe Político que está cerceando os direitos
dos cidadãos, anulando conquistas e retrocedendo no processo de democratização político,
econômico e social. O País encerra o ano com muitos problemas políticos e
econômicos e pagando mais caro pelo custo de vida.
As Prefeituras e as Câmaras Municipais, de todo o Brasil,
iniciam o ano de 2017 sob o comando de novos administradores. Momento de muita polêmica, discórdia, questionamentos, desconfiança e contradições.
O que está em evidência mesmo é o endividamento e a falência
dos municípios.
Nos municípios onde o prefeito foi reeleito ou elegeu seu
sucessor, quase não se fala em crise. Fala-se de conquistas, avanços, planos
mirabolantes e promessas mil. A sensação que se tem é de que não há crise
política nem econômica no País, ou, se existe, não afetou estes municípios.
Mas, onde houve mudança de comando, os candidatos eleitos
pela oposição estão assumindo chorando lágrimas de vidro. Dizem que a
Prefeitura está falida, dívidas impagáveis, o patrimônio foi destruído, nada
mais restou da administração passada. Não podem contratar novos funcionários,
vão reduzir o número de secretarias, fechar repartições, anunciam cortes nos
gastos públicos e que nada poderão fazer. Pedem com clemência que a população
entenda a situação do momento. Sabemos que há casos em que o Gestor perdeu para
a oposição e entregou a prefeitura com muitas dívidas e, agora, estão voltando
ao poder e responsabilizando a administração anterior pelas dívidas existentes,
mas, não cita as dívidas que entregou ao gestor que está saindo.
Será que todos os prefeitos que perderam para a oposição
foram incompetentes, administraram mal, não receberam os mesmos repasses dos
Governos Estaduais e Federal? Será que as prefeituras onde houve a continuidade
do poder não devem nada? Porque só se fala em dívidas, crise e desmontes da máquina
administrativa onde houve troca de comando político? Será realidade ou uma
manobra política para que o novo administrador não venha a ser penalizado pelos
desmandos em seus atos administrativos que venha a praticá-los? Sabemos que
muitos prefeitos que perderam deixaram muitas obras em andamento que, logo,
serão inauguradas e entregues à população pelo novo gestor. Será que ele vai
ter a sensatez de dizer que se trata de obras iniciadas na administração
anterior ou vai tomar para si todos os feitos?
Será que a população dos tempos atuais ainda é capaz de
absorver estas proposições? Ora, estamos na era da comunicação, da formação e
da informação.
Há um ditado
que diz: “Não podemos enganar muita gente a vida toda, nem, pouca gente podemos
enganar por muito tempo”.
Logo a verdade
aparecerá e todos serão julgados pela sociedade e salve-se quem puder.
Seja qual for o caso, em qualquer situação, eu desejo que façam
bom uso do dinheiro público, administrem seus municípios com responsabilidade
para que não seja mais um administrador em destaque nas páginas midiáticas pelos
desmandos praticados em sua gestão.
Dr. Lima
Radialista
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