A
Bíblia diz, na carta de Judas, versículo 17, que “nos últimos tempos
haveria escarnecedores que andariam segundo as suas ímpias
concupiscências”. Também assegura em Mateus 24, versículo 24, que
surgiriam falsos cristos e falsos profetas, e fariam tão grandes sinais e
prodígios que, se possível fosse, enganariam até os escolhidos. Estamos
cercados de aproveitadores. Discernir é difícil; portanto, precisamos
conhecer a verdade para distinguir um falso profeta.
A verdade
está na Escritura. Todo ensino deve estar de acordo com a Palavra de
Deus. No capítulo 12 de Mateus, no final do versículo 33, podemos ler
que “pelo fruto se conhece a árvore”. Assim, devemos prestar atenção ao
que se diz sobre Jesus. A santa doutrina diz que: Jesus é o Cristo; o
Filho do Deus vivo (Mateus 16.16).
Na primeira carta de João,
capítulo 4, versículos de 1 a 3, está escrito: “Amados, não creiais a
todo o espírito, mas provai se os espíritos são de Deus, porque já
muitos falsos profetas se têm levantado no mundo.” “Nisto conhecereis o
Espírito de Deus: todo o espírito que confessa que Jesus Cristo veio em
carne é de Deus.” “E todo o espirito que não confessa que Jesus Cristo
veio em carne não é de Deus; mas este é o espírito do anticristo, do
qual já ouvistes que há de vir, e eis que já está no mundo.”
Na
primeira carta de Coríntios, capítulo 15, versículos 3 e 4, lemos “que
Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi
sepultado, e que ressuscitou ao terceiro dia”. Essa é a verdade, mas há
muitos que não creem e distorcem o Evangelho: “...há alguns que vos
inquietam e querem transtornar o evangelho de Cristo. Mas, ainda que nós
mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos
tenho anunciado, seja amaldiçoado” (Gálatas 1.7-8).
Falsos
profetas usam frases bonitas e situações desejáveis para angariar fiéis e
dizimistas. Misturam verdades com inverdades, desvirtuando a Palavra e
induzindo os crentes a erro. Falar que Deus é bom e nos ama é
absolutamente confortador. Afirmar que ele deseja a nossa prosperidade é
realmente interessante. Insistir que devemos alimentar os
desfavorecidos soa recomendável e socialmente aceito. Contudo, isso não
corresponde à totalidade do Evangelho. Bens materiais não podem ocupar
expresso lugar de destaque numa doutrina que deve ser pautada no amor a
Deus e ao próximo (Lucas 10.27; Marcos 12.29-31).
O caráter e as
qualidades do pregador também devem exaltar o Senhor. Falsos profetas
costumam ser gananciosos; ávidos por dinheiro e aparências suntuosas.
Costumam ser orgulhosos; fazendo prevalecer planos próprios e rejeitando
os do Pai. Costumam ser rebeldes; buscando a autopromoção em detrimento
da glorificação de Deus.
Em Judas 11-13 podemos ler contra os
falsos mestres: “Ai deles! porque entraram pelo caminho de Caim, e foram
levados pelo engano do prêmio de Balaão, e pereceram na contradição de
Coré.” “Estes são manchas em vossas festas de amor, banqueteando-se
convosco, e apascentando-se a si mesmos sem temor; são nuvens sem água,
levadas pelos ventos de uma para outra parte; são como árvores murchas,
infrutíferas, duas vezes mortas, desarraigadas;” “Ondas impetuosas do
mar, que escumam as suas mesmas abominações; estrelas errantes, para os
quais está eternamente reservada a negrura das trevas.”
Cuidado,
pois, ao escolher o seu mestre. Assim como proliferam as igrejas
proliferam também os errôneos ensinamentos. Nem sempre é fácil
identificar um falso profeta. “Lobo em pele de cordeiro”, ele engana a
muitos, por vezes, travestido em ministro de justiça (2 Coríntios
11.15a). Urge nos familiarizarmos com a verdade, Palavra de Deus, pois
só desta forma teremos condições de discernir entre o verdadeiro e o
falso.
Maria Regina Canhos (e.mail:mariaregina.canhos@gmail.com) é escritora.
Jahu - SP
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