Por José Mendes Pereira
A revista "Momento" da "ANABB - Associação Nacional dos funcionários do Banco do Brasil publicada no ano de 1997, Ano 3, Nº 16 - setembro e outubro 97, fez entrevista com o volante policial cabo Panta Godoy e o ex-cangaceiro Manoel Dantas Loyola no cangaço era alcunhado por Candeeiro, o que eles achavam velho guerreiro Virgolino Ferreira da Silva o Lampião. Vamos ver o que eles falaram:
PANTA DE GODOY
Revista Momento: Quem foi Lampião?
José Panta de Godoy - Como falam, Lampião foi o rei do cangaço. Quando falavam no nome dele todos se assombravam. Ele impunha tudo pela força. O que ele queria, tinha de ser. Se o cabra não aceitasse dar o que ele pedia, poucos dias depois o Lampião chegava para matar. No sertão só se falava nele. Mas o cangaço tinha de acabar e só acabaria com a morte de Lampião. Ele virou bandido porque mataram o pai dele. Mas fez coisa pior do que a polícia fez com o pai dele. Acho que ele ultrapassou todos os limites.
MANOEL DANTAS LOYOLA
Manoel Dantas Loyola - O Lampião foi um grande homem na função dele. Passei mais de dois anos com ele e Lampião estava um home quieto. Queria ir para Minas Gerais, mudar de vida. Às vezes, dizia que as balas de Cangaceiro não matavam mais os macacos (policiais). Ele era um homem muito experiente e tinha uma palestra boa. Quando se aperreava era bravo, não dar para negar. O olho direito, meio cego, começava a soltar água. Era um chefe que lutava com os soldados. O que viesse para nós, ia para ele.
Fonte:
A revista "Momento" da "ANABB - Associação Nacional dos funcionários do Banco do Brasil.
Publicada no ano de: 1997
Ano: 3
Nº.: 16
Referente aos meses: setembro e outubro/97
Esta Revista me foi presenteada pelo pesquisador do cangaço Francisco das Chagas do Nascimento (Chagas Nascimento funcionário aposentado do Banco do Brasil de Mossoró).
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