Cruz. Aconteceu neste domingo, 15, a VIII Marcha do Vale na cede do
município de Jijoca de Jericoacoara, a 300 m de Fortaleza, Paróquia de Santa
Luza, Diocese de Sobral.
Foi a primeira vez que Jijoca sediou a Marcha do Vale, embora, geograficamente, não faça parte da Bacia
Hidrográfica do Rio Acaraú, mas, está incluída na bacia e tem como destaque a
Lagoa de Jijoca, a maior do Estado do Ceará, descrita por José de Alencar, em
seu livro indianista Iracema como sendo local de banho da
Índia Iracema, a Virgem dos Lábios de Mel.
A Lagoa de Jijoca está com pouca água, como consequência de
três anos consecutivos de poucas chuvas que vem assolando o Semiárido
Nordestino.
O maior cartão postal hidrográfico do Estado do Ceará também
sofre com os efeitos das secas e da poluição e já perdeu mais de 30% de seu
espelho d’água para o assoreamento. Locais de águas profundas, hoje, são matas distantes
da lagoa.
A VIII Marcha do Vale
saiu em defesa da vida com o tema: Violência: Combatê-la, uma questão de vida,
com destaque para a Lagoa de Jijoca com o subtema Meio Ambiente, e enfatizou
a questão das drogas e da exploração sexual.
A Marcha iniciou as margens da Lagoa e percorreu várias ruas
do Centro da Cidade com paradas para momentos de reflexão sobre os subtemas em
pauta.
A VIII Marcha do Vale
contou com as presenças dos Padres Marcos e Expedito, lideranças comunitárias,
representantes de associações e Federação das Associações, representante do
SINDSEPCRUZ, secretarias municipais, órgãos do Meio Ambiente, Universidade,
representantes das Paroquias de Santana de Acaraú, Morrinhos, Marco, Bela Cruz,
Acaraú, Jijoca de Jericoacoara, Aranaú e Sobral e Áreas Pastorais de Vila de
Caiçara, Celsolândia, Cauassu, capelas das comunidades rurais e escolas.
Faixas e cartazes, conduzidos por
alunos e representantes da igreja, faziam denúncias e apelos em defesa da vida,
dos direitos dos cidadãos e do meio ambiente.
Muito já se fez em defesa do Rio Acaraú e de seus afluentes,
mas, muito mais ainda tem que ser feito.
Está na hora de mudar a tática de defender o Vale do Acaraú,
voltando-se para a ação, pois, enquanto se faz mobilizações, visitas,
palestras, reportagens e questionamentos, o Rio agoniza. Precisamos ser mais
práticos e objetivos: fazer reflorestamentos, despoluir o rio, reduzindo os
esgotos e retirando os animais que sujam as águas, combatendo o uso de
agrotóxicos e protegendo as nascentes do rio principal e de seus afluentes.
Talvez a criação de uma associação em defesa do Vale do Acaraú seja uma
alternativa a ser pensada para transformar sonhos em realidade.
Dr. Lima
Ver detalhes: www.blogdafolha.blogspot.com.br
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