terça-feira, 30 de setembro de 2014

José Saturnino

Por José Mendes Pereira


Este é o homem que segundo Virgolino Ferreira da Silva, o Lampião, o fez cangaceiro e seus irmãos. 

 

Mais ou menos em 1915, Lampião  acusa um empregado do fazendeiro José Saturnino de roubar bodes de sua propriedade. Começa, então, uma rivalidade entre as famílias Nogueira e Ferreira.

Se o Zé Saturnino tivesse assumido o erro do seu morador, isto é os furtos de criações, quando o próprio Lampião viu peles de seus animais na casa deste, não teria sido necessário ele e seus irmãos viverem com armas sobre as costas, ou fugindo da polícia.

Creio que a grande revolta do Zé Saturnino contra Lampião, foi devido as conversas que saíram pelo sertão afora, sobre peles de animais  dos Ferreira, encontradas na 
 
Ruínas da casa da Fazenda Pedreira, propriedade de Saturnino Alves de Barros. Foi nas proximidades desta casa histórica que iniciou a questão entre Zé Saturnino com o cangaceiro Lampião. - fonte: http://www.blogdeserratalhada.com.br/iconografia-03/

Fazenda Pedreira (que naquela época, era um grande desrespeito esse tipo de acusações), e que Zé Saturnino estava acoitando ladrão em sua propriedade. E se acoitava, a vizinhança não o perdoava, estava ciente que o Zé Saturnino seria um dos cúmplices com os desaparecimentos de animais dos Ferreira.

A partir da descoberta dos couros dos seus animais na casa do operário de Zé Saturnino,  o gosto de Lampião era denegrir a imagem do fazendeiro, mostrando aos sertanejos, que Zé Saturnino não era o que eles pensavam, e sim "um homem que escondia roubos na sua propriedade".


Mas não se sabe se os animais eram abatidos com ordem do fazendeiro, ou somente por conta e risco do seu trabalhador. Se o fazendeiro Zé Saturnino não participava destes furtos, lógico que ele não sabia desses animais abatidos pelo trabalhador dentro da sua propriedade. Mas como o bicho já havia sido criado entre Lampião e ele, agora para ele, o certo seria matar o bicho,de uma forma qualquer, e a solução foi defender com unhas e dentes o seu empregado, mesmo sabendo que ele era um homem que não merecia tanta confiança.

O certo é que os únicos prejudicados foram os irmãos Ferreira, que mesmo eles achando que tinham razão, perderam os pais, e em poucos anos,  Levino, Antonio e Ezequiel  foram mortos ainda jovens.

Virgolino Ferreira da Silva o rei Lampião, que era o principal cabeça das desavenças com o seu vizinho e fazendeiro Zé Saturnino, teve sorte, ainda conseguiu levar a sua vida até aos 40 anos, só morrendo na madrugada de 28 de Julho de 1938, na Grota de Angico, em terra de Poço Redondo, no Estado de Sergipe, lugar que ele tanto gostava de armar a sua Central Administrativa da Empresa de Cangaceiros Lampiônica & Cia.

Enquanto a família Ferreira caiu em declinação, morrendo dona Maria Sulena da Purificação, e dias depois José Ferreira da Silva, e gradativamente os 4 irmãos, todos nos anos 20 e 30, José Saturnino que segundo Lampião  foi o causador das confusões, viveu além dos 80 anos, apenas magro.

Coronel Zé Lucena - inimigo de Lampião

O grande prazer de Lampião era assassinar Zé Saturnino e o coronel Zé Lucena, mas ele nunca chegou a matar e nem tão pouco ferir um desses, e não viu a morte deles, porque ambos faleceram com idades avançadas. O seu inimigo nº "1" José Alves de Barros, o Zé Saturnino, faleceu  no dia 05 de setembro de 1981, aos 87 anos.

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Lampião ataca seu inimigo "Nego Tibúrcio"




Em Janeiro de 1924, Lampião ataca seu inimigo "Nego Tibúrcio", cabra ligado diretamente a Zé Saturnino, pegando em armas junto ao seu amigo contra Lampião (que ainda era Virgulino), junto com seus irmãos, Levino e Antônio. "Nego Tibúrcio" não podendo pegar Lampião, incendeia a casa de sua tia Maria José Lopes, deixando Lampião com mais ódio.

Lampião não se conforma por não ter pego o "Nego Tibúrcio", quando vem a surpreendê-lo jogando cartas com seus homens em Santa Maria. 


Acontece um tremendo tiroteio, em que "Nego Tibúrcio" perde o José Valério, um dos melhores cabras do seu bando.

Lampião vendo que as balas eram inúteis contra uma fera experimentada, como aquela que estava enfrentando, coloca fogo na casa-trincheira do inimigo, obrigando-o a saltar fora, já baleado, caindo no Rio Pajeú, com o corpo em chamas”.

Com bebidas e danças Lampião comemora a morte do seu grande inimigo “Nego Tibúrcio”.


Fonte: facebook

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segunda-feira, 22 de setembro de 2014

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