Escritora Maria Regina Canhos |
Mais um ano se foi. Estamos nos
últimos dias de 2013. Algumas pessoas já começam a ficar ansiosas e inquietas,
pois fim de ano para elas é sinônimo de tristeza. Não possuem parentes ou têm
com eles péssimo relacionamento, o que inviabiliza o congraçamento propiciado
pelas festas desta época. Muita gente fica deprimida no Natal, pois tem de
amargar a solidão. Não tem presente. Não tem ceia. Não tem abraço. Apenas lembranças, sonhos e esperança (a última que morre).
Muita gente se mata próximo do Natal. Não quer mais viver. Sente vazio,
depressão, medo, insegurança quanto ao futuro. A dor da solidão é tão grande
que se torna insuportável. Mata e faz morrer.
A necessidade de amor, estima,
reconhecimento, aconchego e carinho é imperiosa. Adoecemos se não nos sentimos
queridos e amados. Perdemos o desejo de viver e ser feliz. Não encontramos
propósito na existência. Sentimo-nos reféns de um mundo cruel e frio. Buscamos
desesperadamente um sentido para a vida. Não é fácil mesmo. Como não plantamos,
não há o que colher. Vivemos ensimesmados, egoisticamente centrados em nós
mesmos, e não acostumamos a olhar em volta, principalmente para os
necessitados.
O preço do egoísmo é a solidão. Não repartimos quando tínhamos, e agora já não repartem conosco também. Todos querem receber. E parece que continuamos sem condições de dar, pois estamos ocupados demais curtindo a nossa solidão, a nossa tristeza, o nosso desamparo. Somos coitadinhos a espera de um afago que não vem, porque não soubemos anteriormente afagar. Não soubemos ou não quisemos; vez que somos livres para demonstrar afeição, porém egoístas nas manifestações de carinho e reconhecimento. Somos econômicos. Temos a sensação de que iremos empobrecer ao dar de nós, então economizamos nosso tempo, nossa atenção, nosso carinho... e depois ficamos desapontados quando não recebemos nada disso também.
O preço do egoísmo é a solidão. Não repartimos quando tínhamos, e agora já não repartem conosco também. Todos querem receber. E parece que continuamos sem condições de dar, pois estamos ocupados demais curtindo a nossa solidão, a nossa tristeza, o nosso desamparo. Somos coitadinhos a espera de um afago que não vem, porque não soubemos anteriormente afagar. Não soubemos ou não quisemos; vez que somos livres para demonstrar afeição, porém egoístas nas manifestações de carinho e reconhecimento. Somos econômicos. Temos a sensação de que iremos empobrecer ao dar de nós, então economizamos nosso tempo, nossa atenção, nosso carinho... e depois ficamos desapontados quando não recebemos nada disso também.
A fórmula para um natal feliz é
simples: dê de você! Invista seu tempo colaborando com a alegria de alguém;
providenciando auxílio, calçados, roupas, comida... Distribuindo sorrisos. A
alegria é das poucas coisas que podemos dar sem possuir, mas dando, sempre
recebemos algo em troca, por mais simples que seja. Amar é difícil. É o
exercício de sair de si para encontrar-se no outro. Se isso não acontecer, não
é amor.
O fim do ano está próximo. Vamos
refletir. Não adianta banhar-se em lágrimas e queixar-se da falta de amor no
mundo. Você fez a sua parte? Você amou? Se não, ainda há tempo para mudar o
rumo das coisas, pois um novo ano está surgindo. Nele você pode começar tudo de
novo; de preferência, libertando-se do egoísmo e da ganância que tanto
empobrecem os relacionamentos. Exercitando a fraternidade você nunca estará só.
Faça o teste antes de resolver por fim à própria vida, e feliz natal!
Maria
Regina Canhos é escritora
Jahu
- SP
Postado por Dr. Lima
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